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Até em seu partido Maluf já perdeu unanimidade
DA REPORTAGEM LOCAL
Houve um tempo, não tão distante, em que o nome Paulo Maluf era unanimidade no PP (antigo PPB, antigo PPR, antigo PDS,
antiga Arena). Quando surgia
uma campanha eleitoral, o nome
natural era Paulo Maluf.
Na única vez em que não foi
candidato, foi alguém que ele ungiu. Espernear podia, mas não depois de Maluf abençoar seu sucessor, Celso Pitta, o ex-diretor da
Eucatex e ex-secretário das Finanças que se tornou prefeito.
Essa identificação siamesa do
partido com Maluf trouxe, segundo aliados e opositores, ganhos e
perdas. Atualmente, dizem os críticos, mais perdas. Argumentam
que há muita exposição negativa.
Para os defensores do ex-prefeito, o quadro atual, onde mais aparecem denúncias contra Maluf do
que notas sobre sua pré-campanha, é normal em se tratando de
um pré-candidato que está empatado em segundo lugar na disputa
ao lado da prefeita Marta Suplicy
(PT), segundo o Datafolha.
O inferno astral do ex-prefeito
começou em junho de 2001,
quando a Folha noticiou que a
ilha de Jersey, no canal da Mancha, bloqueou cerca de US$ 200
milhões depositados ilegalmente
em nome de Maluf. Desde então,
ele vem negando que tem ou tenha tido contas no exterior.
Neste ano, com a chegada de pilhas de documentos encaminhados pela Suíça à Justiça brasileira,
a história voltou à carga. Uma ficha de abertura de conta, supostamente assinada por ele, foi exibida na TV. Na semana passada,
surgiu uma carta na qual ele autorizaria um banco suíço a reverter
a seus filhos o montante depositado em uma fundação. Maluf nega
ter assinado a carta.
(CG E LC)
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