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COMENTÁRIO
Início do horário eleitoral de SP tem novas e velhas bizarrices
LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
"Meu nome é Havanir." Havanir Ribeiro, herdeira do hit
"meu nome é Enéas", foi a primeira candidata a se apresentar ontem, com seu slogan estridente, na estréia do horário
eleitoral de São Paulo.
A abertura deixava claro que
a nova versão do programa político será mais do mesmo: candidatos fazendo de tudo, até bizarrices constrangedoras, para
chamar a atenção do eleitor.
Depois de Havanir, lá vem
outro clássico fanfarrão, Osmar
Lins, o "peroba neles!". E sobrou para Lula: "O senhor criou
o ministério do longo prazo, o
Ministério da Pesca, vâmo criar
o Ministério da Falta de Vergonha e a usina de óleo de peroba
pra passar na cara de pau". Voltou Dinei "corintiano vota em
corintiano", "uuí", encerrou.
"Êeeita, Deus", berrou depois o Reverendo Dinarte.
Na seara celebridades-caem-de-pára-quedas", teve a atriz
Aldine Müller (famosa por filmes como "Socorro! Eu não
Quero Morrer Virgem", "Ninfa
Diabólica" e "Bem Dotado, o
Homem de Itu"), Salete Campari (drag queen cover de Marilyn) e Marcelo Frisoni (marido de Ana Maria Braga).
Houve quem fizesse dos filhos cabos eleitorais, como a
"advogada e mãe de homossexual" Nice Mendes, e Dário,
que colocou a filhinha dizendo
"vote no meu pai". Nem Isabella Nardoni descansou em paz.
Carlos Bezerra Jr. explorou o
nome da garota morta para citar projeto contra a violência.
Entre os apelidos pérolas estão Dr. Calvo, Faustão, Ronie
Von, Cabra Bom. E Betão do
Lava Rápido citou Legião Urbana ("nas favelas, no Senado, sujeira pra todo lado") e Titãs ("o
pulso ainda pulsa"). Mas a medalha de ouro trash vai para
Concci Marco, que conclamou
o eleitor, "vamos arrebentar a
boca do balão", e com uma agulha, estourou, um a um, três balões diante das câmeras.
O programa do PT foi bem
produzido, e o PSOL trouxe no
rádio um rap que pode pegar,
"Fala, periferia, 50, vote, anote..." A estréia também marcou
o fim de uma era: Eymael abandonou o jingle "ei, ei, Eymael,
um democrata cristão"...
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