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OUTRO LADO
Secretário nega uso de cadastro da prefeitura
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário de comunicação
do PT no Estado e coordenador de comunicação da campanha de José Genoíno, Marcos
Silva, afirma que o partido jamais utilizou o cadastro dos
programas sociais da Prefeitura de São Paulo.
"O PT tem um cadastro gigantesco construído ao longo
de anos", diz Silva.
Ele afirma que esse cadastro é
alimentado por lideranças ligadas a movimentos populares,
que atuam em todo o Estado e
que têm forte presença na periferia da capital.
Outra fonte de informação,
diz ele, são os vereadores que
atuam na periferia.
Silva diz que o fato de um beneficiário de programa social
ter recebido uma carta de pedido de voto do PT (ainda que tenha sido assinada prefeita Marta Suplicy) não significa que o
endereço dessa pessoa tenha sido obtido pelo partido junto à
Prefeitura de São Paulo.
Isso porque, diz Silva, o mesmo cidadão que faz parte do
cadastro dos programas da
prefeitura também pode pertencer ao mailing de movimentos sociais, cujos militantes são
ligados ao PT.
Em relação às crianças da periferia que também receberam
correspondência, Silva diz que
elas fazem parte do cadastro de
movimentos sociais que trabalham na área da infância.
O coordenador não especificou que movimentos populares são esses e nem o motivo
pelo qual a carta foi endereçada
a crianças. Silva diz que "seria
ingênuo" usar o cadastro da
prefeitura. No entanto, admite
não ter controle da origem do
material. "Não tenho controle
de como o cadastro é feito. Recebo as listas e mando para a
expedição", afirma.
Silva ressalta que os movimentos populares ligados ao
PT são muito ativos."Fazemos
todo o tipo de cadastro possível
e imaginável na área de educação, moradia. Há também cadastros feitos a partir do mandato de vereadores. Cadastramos, por exemplo, quem tem
demanda por moradia. E, na
época da campanha, mandamos correspondência".
No mês passado, Silva diz ter
enviado correspondência a diretórios do partido, solicitando
cadastros completos, com nome, endereço e CEP.
O coordenador diz que o PT
consultou o Ministério Público
para confirmar a legalidade de
a prefeita assinar uma correspondência, pedindo votos. A
resposta foi positiva, já que os
custos de produção e postagem
foram arcados pelo partido.
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