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PT aproveita brechas na legislação para promover candidatura de Marta na TV
RANIER BRAGON
EM SÃO PAULO
O PT se aproveitou nos últimos 15 dias de brechas na legislação para promover fortemente a pré-candidatura de Marta
Suplicy em São Paulo.
Terminou ontem o período
de inserções televisivas a que o
partido tinha direito. Foram
exibidos, 22 vezes, cinco comerciais de 30 segundos com o
slogan "nova atitude" e com
Marta como estrela.
Em um deles, eram mostrados engarrafamentos, motoristas estressados, e a afirmação
do locutor de que "São Paulo
vai parar um dia". Então, Marta
aparece: "Não podemos deixar
que isso aconteça. São Paulo
precisa de uma nova atitude, no
trânsito e no transporte".
A lei veda "a divulgação de
propaganda de candidatos"
nesses programas. Quase todos, entretanto, recorrem à
propaganda implícita, em que
não é citada a candidatura, mas
cuja estrela é o futuro candidato. "Não fizemos nada mais do
que o Kassab e o Alckmin fizeram", disse o presidente municipal do partido, José Américo.
Em outubro do ano passado,
a Justiça cassou parte do tempo
de TV do DEM, que focava em
Gilberto Kassab, sob o argumento de que as propagandas
fortaleciam uma "já cogitada
publicamente candidatura". A
partir de segunda-feira vão ao
ar as propagandas partidárias
do PSDB de Geraldo Alckmin.
Além da TV, Marta percorreu mais de dez bairros da periferia. Em todos, o clima foi de
campanha, embora ela não tenha pedido votos.
Dois ministros já participaram de seminários ao lado de
Marta -Dilma Rousseff (Casa
Civil) e Fernando Haddad
(Educação), que ontem chamou a petista de prefeita.
Em sua fala, Marta rebateu
acusações. "As famigeradas escolas de lata, herdamos do governo Pitta, do qual o senhor
Kassab foi peça fundamental
como secretário de Planejamento. Escolas de lata que o
então governador Geraldo
Alckmin inexplicável e injustificadamente reproduziu".
Marta deve receber o apoio
do bloquinho, mas ontem o
presidente do PSB municipal,
Eliseu Gabriel, ameaçou lançar
uma candidatura própria. O
PSB quer saber quais áreas comandará em caso de vitória.
Além disso, pressiona o PT a retirar a candidatura em Manaus.
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