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OPERAÇÃO ANACONDA
Sentença não foi vendida, diz advogado
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado José Roberto Batochio diz que a suspeita de que
Enrico Picciotto foi absolvido das
acusações de fraude e crime contra o sistema financeiro comprando a sentença "não faz sentido".
Ele argumenta que se existisse
venda não teria feito uma defesa
de 167 páginas nem o juiz João
Carlos da Rocha Mattos teria dito
que sua defesa é "uma merda".
"Eu cito doutrina alemã, italiana, cito três pareceres jurídicos,
de Damásio de Jesus, de Roque
Carrazza e de um ex-ministro do
STF. Como isso pode ser uma
merda? É uma sacanagem porque
me atinge tecnicamente", afirma.
Na última semana, Batochio renunciou à defesa de Picciotto sem
dar explicações.
O advogado diz que a citação a
seu nome em setembro do ano
passado refere-se à tentativa de
César Herman Rodriguez de entregar uma denúncia sobre a Funcef (o fundo de previdência da
Caixa Econômica Federal) ao então candidato à Presidência Ciro
Gomes. Batochio afirma que nunca se reuniu com integrantes da
suposta quadrilha.
Carla Domenico, que trabalha
na defesa de João Carlos da Rocha
Mattos com Alberto Toron, diz
que não conhece os diálogos do
juiz federal sobre os acusados no
escândalo dos precatórios.
Em outra conversa sobre venda
de sentença, na qual Sérgio Chiamarelli Jr. e Rodriguez falam em
cobrar US$ 100 mil por uma decisão, a advogada afirma que se trata de uma negociação em que o
"juiz não estava envolvido".
O advogado de Rodriguez, Hermínio Alberto Marques Porto Jr.,
diz que seu cliente jamais mencionou ter advogado após 1999,
quando foi reintegrado à PF. A
conversa gravada neste ano entre
Rodriguez e Chiamarelli Jr., afirma, pode ser de um caso antigo.
O advogado Ronaldo Souza Jr.,
que representa Chiamarelli Jr.,
afirma que o seu cliente contou
que Rodriguez não advogou para
ele depois de 1998.
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