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São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 2003

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OPERAÇÃO ANACONDA

Delegado federal nega ter apelido

DA REPORTAGEM LOCAL

O delegado Eldo Saraiva Garcia disse que nunca teve o apelido de Qüem-Quëm, atribuído a ele pela PF. Garcia também defendeu a investigação sobre os precatórios. A seguir, trechos da entrevista.
 

Folha - Gostaríamos de falar a respeito da Operação Anaconda.
Eldo Saraiva Garcia -
Não posso, só a assessoria de imprensa pode.

Folha - Mas o sr. foi proibido?
Garcia -
É orientação minha.

Folha - Orientação sua?
Garcia -
Isso. Porque a Folha me atribuiu apelido que nunca tive.

Folha - Há um relatório da própria Operação Anaconda.
Garcia -
Não sei, não sei. Eu sei da Folha. [Sobre] esses documentos secretos, eu não tenho acesso.

Folha - O sr. trabalhou na CPI dos Títulos Públicos...
Garcia -
Trabalhei. Fui o encarregado aqui em São Paulo.

Folha - Na época, o advogado de vários diretores da Split era César Herman. O sr. se recorda desses contatos com ele?
Garcia -
Não, não, não.

Folha - O sr. o conheceu nessa época?
Garcia -
Eu não posso comentar nada sobre a operação. Com relação à CPI dos Títulos Públicos, fui o encarregado aqui em São Paulo e fiz muito bem, por sinal. Com relação a esses fatos, é um desserviço da Folha ao grande serviço que eu fiz. Se o sr. se preocupar em ler o relatório da CPI, que é em torno de 800 folhas, grande parte do serviço é meu. Serviço meu.

Folha - Na época o sr. foi convidado a participar da CPI?
Garcia -
Fui, é lógico.

Folha - Quem o convidou?
Garcia -
Eu prefiro até não declinar. São pessoas de comando hoje etc etc. As pessoas que vinham a São Paulo eram o senador Romeu Tuma, o senador [Vilson] Kleinubing e Eduardo Suplicy.

Folha - E o sr. não se recorda de que o Herman era advogado da Split, do Picciotto, Chiamarelli etc?
Garcia -
Com toda a sinceridade, não me recordo.


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