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OPERAÇÃO ANACONDA
Delegado federal nega ter apelido
DA REPORTAGEM LOCAL
O delegado Eldo Saraiva Garcia
disse que nunca teve o apelido de
Qüem-Quëm, atribuído a ele pela
PF. Garcia também defendeu a investigação sobre os precatórios. A
seguir, trechos da entrevista.
Folha - Gostaríamos de falar a
respeito da Operação Anaconda.
Eldo Saraiva Garcia - Não posso,
só a assessoria de imprensa pode.
Folha - Mas o sr. foi proibido?
Garcia - É orientação minha.
Folha - Orientação sua?
Garcia - Isso. Porque a Folha me
atribuiu apelido que nunca tive.
Folha - Há um relatório da própria Operação Anaconda.
Garcia - Não sei, não sei. Eu sei
da Folha. [Sobre] esses documentos secretos, eu não tenho acesso.
Folha - O sr. trabalhou na CPI dos
Títulos Públicos...
Garcia - Trabalhei. Fui o encarregado aqui em São Paulo.
Folha - Na época, o advogado de
vários diretores da Split era César
Herman. O sr. se recorda desses
contatos com ele?
Garcia - Não, não, não.
Folha - O sr. o conheceu nessa
época?
Garcia - Eu não posso comentar
nada sobre a operação. Com relação à CPI dos Títulos Públicos, fui
o encarregado aqui em São Paulo
e fiz muito bem, por sinal. Com
relação a esses fatos, é um desserviço da Folha ao grande serviço
que eu fiz. Se o sr. se preocupar
em ler o relatório da CPI, que é em
torno de 800 folhas, grande parte
do serviço é meu. Serviço meu.
Folha - Na época o sr. foi convidado a participar da CPI?
Garcia - Fui, é lógico.
Folha - Quem o convidou?
Garcia - Eu prefiro até não declinar. São pessoas de comando hoje
etc etc. As pessoas que vinham a
São Paulo eram o senador Romeu
Tuma, o senador [Vilson] Kleinubing e Eduardo Suplicy.
Folha - E o sr. não se recorda de
que o Herman era advogado da
Split, do Picciotto, Chiamarelli etc?
Garcia - Com toda a sinceridade,
não me recordo.
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