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Erasmo Dias diz que é réu e quer ser indenizado
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-todo-poderoso secretário da Segurança Pública de São Paulo (entre março
de 1974 e março de 1979), depois deputado federal, então
deputado estadual, hoje vereador por São Paulo e candidato à reeleição, coronel
Erasmo Dias, 80, quer receber indenização, como as
que estão sendo pagas a perseguidos políticos da época
do regime militar.
"Sou estigmatizado por ter
defendido com unhas e dentes o Brasil contra o regime
comunista putrefato. Quero
receber reparação. Tenho
mais direito a ela do que
aqueles terroristas que fizeram guerrilha e agora posam
de heróis, ditando as regras
neste país", diz.
Erasmo Dias considera-se
um réu eterno por ter comandado a invasão do prédio da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, em
1977. "Há duas semanas, enviaram-me uma coroa de
flores em que se lia: "Feliz
Morte, Erasmo Dias"."
"Minha filha, no final de
1977, prestou o vestibular de
Direito na PUC. Passou.
Quando foi fazer a matrícula, em 1978, identificaram-na e humilharam-na de uma
forma intolerável para mim,
como pai." A filha de Dias
desistiu da PUC e foi para o
Mackenzie.
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