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PESQUISA
PRESIDENTE
42% dos eleitores acreditam que Lula é o candidato mais preparado para enfrentar o problema, contra 18% de Serra
Para 42%, desemprego é maior problema
DA REDAÇÃO
Hoje o principal problema do
país é o desemprego, segundo
42% dos eleitores -percentual
idêntico ao dos que acreditam
que o candidato Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) é o presidenciável
mais preparado para combatê-lo.
Em segundo lugar aparece José
Serra (PSDB), com 18% das preferências. Na pesquisa feita em 15 e
16 de agosto, antes do início do
horário gratuito, Lula era considerado o mais preparado para superar o problema por 37% -o
mesmo percentual dos que pretendiam votar nele. Já Serra era tido como o mais preparado por
20%, taxa superior aos 13% que
pretendiam votar nele na época.
A correlação entre a avaliação
do eleitorado sobre a capacidade
do candidato para enfrentar o
problema do desemprego e a intenção de voto é bastante forte:
74% dos eleitores dizem que a
questão do desemprego tem muita influência na definição do seu
voto, e outros 14% afirmam que
ela tem um pouco de influência.
O problema preocupa mais as
pessoas que integram a População Economicamente Ativa
(42%) do que para as que estão
afastadas do mercado de trabalho
(36%), como donas-de-casa, aposentados e estudantes. Ele desperta sobretudo a atenção dos desempregados procurando emprego (57%), dos assalariados sem
registro (50%) e dos trabalhadores que vivem de bicos (48%).
O peso do desemprego na definição do voto é muito grande na
faixa etária que vai dos 16 aos 59
anos, caindo bastante entre os que
têm 60 anos ou mais. Ele aflige
mais as pessoas com nível superior (83%) do que aquelas que só
têm o primeiro grau (68%).
As regiões mais preocupadas
com o tema são Norte e Centro-Oeste (77%) e Sudeste (75%). As
regiões metropolitanas são mais
sensíveis ao problema (78%) do
que as cidades do interior (72%).
Fora o desemprego, as questões
que mais preocupam o eleitorado
são: violência/segurança (18%),
saúde (8%), educação (6%) e fome/miséria (5%). Desde 1996, o
desemprego tem sido considerado o problema mais relevante do
país, mas já teve um peso menor:
33% em junho de 1996, 31% em
dezembro de 2001, 32% em fevereiro de 2002. Atingiu seu pico
(53%) em dezembro de 1999. A
saúde teve um peso maior até
1998, enquanto a segurança ganhou relevo de 2000 para cá.
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