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Garotinho diz ser contra nova reunião com FHC
DA REPORTAGEM LOCAL
DA ENVIADA A BELO HORIZONTE
O candidato do PSB à Presidência da República, Anthony Garotinho, criticou ontem, em São Paulo, a proposta da Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) de fazer nova
reunião com o presidente Fernando Henrique Cardoso para exigir
explicações para a alta do dólar.
"Sou contra", disse Garotinho.
"Acho que agora tem de esperar
[a eleição do novo presidente" para discutir [o assunto" na transição, como acontece em todos os
países do mundo."
Em Belo Horizonte, o presidenciável da Frente Trabalhista, Ciro
Gomes (PPS-PDT-PTB), afirmou, ao responder a um eleitor,
que as críticas que tem feito aos
outros candidatos é para revidar
os ataques que sofre.
Durante visita ao mercado municipal da capital mineira, Ciro
ouviu de Washington Azevedo
Castro, dono de uma banca de artigos religiosos que diz votar em
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), um
pedido para que deixasse de criticar os outros candidatos e mostrasse mais projetos.
Garotinho voltou a afirmar que
a subida do dólar não tem relação
com a eleição. "Vamos parar com
esta história de dizer que o dólar
está subindo por pressão eleitoral." Para ele, "o dólar sobe porque os fundamentos da economia
brasileira são frágeis".
Garotinho também criticou a
sugestão de Fernando Henrique
sobre um pacote fiscal. "O presidente me faz lembra aquele ditado "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço"." De acordo com
o candidato, FHC "endividou o
país, aumento a carga tributária
de forma excessiva, o que levou o
país a uma dependência e a uma
vulnerabilidade externa, e ainda
quer opinar sobre o futuro governo? Vamos ter um pouquinho de
humildade".
Ele aproveitou para ironizar o
candidato do PSDB, José Serra.
"Se ele [FHC" tivesse sido tão bom
para o país, o candidato dele não
estaria com este pouquinho de
votos; estaria muito melhor".
Rádio
Ciro concedeu entrevista para a
Rádio Favela, no Morro do Cafezal -onde está a maior concentração de favelas de Belo Horizonte, com cerca de 100 mil moradores. A rádio inspirou o filme
"Uma Onda no Ar".
Durante a entrevista, Ciro criticou propostas de mudança radical. "O Brasil precisa examinar a
mudança, mas, ao examinar a
mudança que quer, tem que olhar
com muito cuidado. Se é tocar fogo em tudo para começar uma
coisa toda nova, quem sabe pode
ser isso. Eu acredito que não.
Acho que é uma mudança mais
cautelosa, prudente e segura."
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