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Petistas usam Lula para buscar reação
JAIRO MARQUES
ALESSANDRA KORMANN
DA AGÊNCIA FOLHA
Candidatos do PT cujas candidaturas não decolavam buscam
intensificar o uso da imagem de
Luiz Inácio Lula da Silva nas propagandas para, ao menos, tentar
levar a disputa ao segundo turno.
De acordo com membros da
coordenação de campanha do PT,
a estratégia vem dando certo resultado, juntamente com fatores
localizados como denúncias, em
pelo menos menos oito Estados e
no Distrito Federal. Pesquisas
confirmam que há reação -mesmo que, em alguns casos, ainda
muito discreta- dos petistas no
Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Piauí, São Paulo, Amapá, Pará,
Ceará e Bahia.
No Rio Grande do Sul e no
Piauí, onde o PT tomou a dianteira nas últimas pesquisas divulgadas, além da forte presença de Lula nas campanhas de Tarso Genro
e Wellington Dias, outros elementos ajudaram a alavancar.
Genro usou o tempo dos candidatos a deputados estadual e federal para fazer críticas e denúncias
contra Antônio Britto (PPS). O
petista apareceu em primeiro lugar, ultrapassando Britto, no levantamento da Universidade Federal do Rio Grande do Sul do dia
11 deste mês, com 35%. Nas pesquisas anteriores, estava atrás.
Wellington Dias (PT-PI), que
passou Hugo Napoleão com 45%,
segundo o Ibope do dia 8, conseguiu o apoio informal do ex-governador Francisco de Moraes
Souza (PMDB), o Mão Santa.
Apesar da dianteira, Tarso e Dias
enfrentam disputa acirrada.
O marqueteiro de Wellington
Dias, Erivelton de Souza, afirmou
que, a exemplo de Duda Mendonça (marqueteiro de Lula), agora
vem usando fundos emocionais.
No Ceará, a estratégia é ampliar
a divulgação do slogan "É Lula lá e
José Airton cá" na tentativa de puxar a votação de Lula no Estado
-de cerca de 30%- para o candidato local, que tem só 8% é o
terceiro colocado, atrás de Lúcio
Alcântara (PSDB) e Sérgio Machado (PMDB), segundo o Ibope.
A interpretação de reação dos
petistas do DF está ligada também
ao bom desempenho do candidato ao Senado, Cristovam Buarque,
que lideram as intenções de voto.
No DF, Geraldo Magela espera
que as denúncias que vieram à tona envolvendo o governador Joaquim Roriz (PMDB), relativas a
grilagem de terras, resultem em
migração de votos. No Ibope da
semana passada, o petista cresceu
cinco pontos percentuais e Roriz,
que continua líder, caiu quatro.
No Amapá, Dalva Figueiredo
começou a disputa com apenas
2% nas pesquisas, no mais recente
levantamento do Ibope, de 12 de
setembro, apareceu em segundo,
com 24%.
Colaborou KÁTIA BRASIL, da Agência
Folha em Manaus
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