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Uso de placas
restritas é alvo
de inquérito
DA REPORTAGEM LOCAL
Em um inquérito criminal, os juízes federais de primeira instância João Carlos
da Rocha Mattos e Adriana
Pileggi de Soveral são investigados por uso de placas reservadas em seus carros particulares. Eles teriam, segundo a Procuradoria, "utilizado placas frias para fugir das
multas de trânsito".
As placas reservadas não
são frias. São autorizadas legalmente para carros oficiais
sem identificação. No caso
dos juízes, no entanto, foram
usadas em veículos próprios
ou de familiares.
Em um habeas corpus para tentar trancar a investigação -que tem como relatora a desembargadora Marli
Ferreira-, a juíza Soveral
afirmou que a mesma prática era adotada pelo também
juiz federal Casem Mazloum, sem que ele fosse investigado por isso.
Mazloum, que é titular da
1ª Vara Criminal, nega. Ele
afirmou que não usou placas
reservadas em seu carro.
O principal motivo alegado por Soveral e por Rocha
Mattos para o uso das placas
é a falta de segurança a que
estão submetidos. A juíza citou como exemplo a morte
do juiz-corregedor Antônio
José Machado Dias, em Presidente Prudente.
"Com a placa normal do
carro, qualquer pessoa pode
levantar o endereço onde vivo. Não temos carros oficiais
como os desembargadores",
afirmou Soveral, que disse
ter sido vítima de uma ação
violenta no passado, quando
um homem atirou um paralelepípedo contra seu Audi.
Para a juíza, a investigação
faz parte de uma ação articulada pelo ministro Jorge
Scartezzini (STJ). "João Carlos e eu não nos submetemos ao seu grupo e, por isso, acontecem coisas assim."
(LILIAN CHRISTOFOLETTI)
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