|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Juiz vê benefício a família no TRF
DA REPORTAGEM LOCAL
Na representação criminal ao
STJ, Rocha Mattos diz que os advogados Cid Flaquer Scartezzini,
Cid Flaquer Scartezzini Filho (irmão e sobrinho de Jorge Scartezzini) e a mulher do ex-presidente
do TRF-3, Ana Maria Goffi Flaquer Scartezzini (também ex-desembargadora), atuam indistintamente em processos distribuídos
a desembargadores que formariam, no tribunal federal, o chamado "grupo Scartezzini".
Rocha Mattos diz que, até mesmo em plantões, "parece haver
uma série de coincidências que
beneficiam um determinado grupo de advogados, interligados até
por laços familiares, alguns dos
quais ex-magistrados, quase sempre em causas/processos de grande repercussão, inclusive quanto
ao aspecto financeiro".
O juiz alega que, quando lhes
convêm, esses advogados obtêm
pedidos de preferência para antecipar ou retardar julgamentos. E
diz que o desembargador Mairan
Maia manteve pedido de vista por
mais de um ano de processo de
interesse desses advogados.
Segundo ele, o TRF-3 é "bastante liberal" no pagamento de diárias a juízes convocados, "substituições capitaneadas por membros do "grupo Scartezzini'". E é
"pródigo" em pagar diárias a juízes que vão à Brasília fazer lobby
em processos ou para entrar em
listas de promoções ao STJ.
Rocha Mattos diz que a advogada Ana Maria Scartezzini, do escritório de advocacia de Arnold
Wald, usava indevidamente o carro privativo do então juiz convocado e hoje desembargador Carlos Muta (que veio a ocupar a vaga
de Jorge Scartezzini).
(FV)
Texto Anterior: Uso de placas restritas é alvo de inquérito Próximo Texto: Questão indígena: Morte "natural" de índio à bala é apurada Índice
|