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Índios elegeram
88 candidatos
no último pleito
DA AGÊNCIA FOLHA
Nas eleições de 2000, 88 índios
foram eleitos, segundo o Cimi
(Conselho Indigenista Missionário): um prefeito, sete vices e 80
vereadores. A Funai (Fundação
Nacional do Índio) diz que dois
prefeitos índios foram eleitos. A
divergência ocorre porque a prefeita de Uiramutã (RR), a macuxi
Florany Mota (PT), 31, não é considerada índia pelo Cimi.
Mota se diz índia, mas, segundo
o Cimi, não é reconhecida como
tal pelos povos da região. Diz o Cimi que ela, que tentará a reeleição,
tem lutado contra a demarcação
das terras indígenas. Ela afirma
que o Cimi não a considera índia
por "preconceito": "A partir do
momento que me posicionei contra a homologação contínua da
reserva Raposa/Serra do Sol, deixei de ser índia para as lideranças
dos grupos contrários ao meu posicionamento". A Funai a considera índia porque ela é reconhecida como tal por sua comunidade.
Em Baía da Traição (PB), o potiguara Marcos Antônio dos Santos
está terminando seu segundo
mandato, pelo PT. Segundo o Cimi, a gestão na cidade é um exemplo de "boa administração".
Segundo o cientista político
Egon Heck, do Cimi, há dois processos que movem as candidaturas dos índios. Um é a participação individual do índio em partidos com aspiração a cargos; o outro não tem conotação partidária:
"Tem ocorrido cada vez mais movimentos articulados pelos indígenas para lançar candidatos, de
forma a terem mandatos vinculados à causa indígena".
(PAULO PEIXOTO e JOSÉ EDUARDO RONDON)
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