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"Denúncia é vazia", afirma ex-presidente
DA REPORTAGEM LOCAL
Procurado pela Folha,
Paulo de Tarso Lustosa, ex-presidente da Funasa, disse
que não havia sido informado da ação da Procuradoria,
que classificou de "denúncia
vazia". "Isso é briga política."
Lustosa negou que tenha autorizado a contratação de parentes ou amigos. Ele também marcou distância do ex-coordenador de logística
Paulo Roberto de Albuquerque Garcia Coelho.
"Minha relação com ele
era estritamente profissional. Ele foi indicado pelo ex-deputado Valmor de Luca,
que é sogro dele." Lustosa
afirmou que nunca soube de
nenhuma ilegalidade. "Inclusive pedi várias vezes que
o auditor me apontasse qualquer funcionário com parentesco. Ele nunca disse nada."
Lustosa considerou um
"absurdo" investigarem o financiamento da campanha
de seu filho, Paulo Henrique
Lustosa (PMDB-CE). Segundo ele, as planilhas de votação mostram que os partidos
que receberam mais recursos da Funasa foram PPS,
PMDB, PSDB e PT.
"O deputado federal que
recebeu mais dinheiro da
Funasa foi o Eunício de Oliveira, e, em segundo, Aníbal
Gomes." Para Lustosa, quem
deveria responder pelas
ações de Paulo Roberto é
Wagner Campos, indicado
pela bancada do PMDB no
Rio. Sobre Negreiros, disse
que nunca o conheceu.
A assessoria do secretário
da Fazenda de São Paulo
Mauro Ricardo, que presidiu
a Funasa de 1999 a 2002, disse que estranha a inclusão do
nome dele na ação. Não existe, informou, nenhuma manifestação ou assinatura dele
no contrato. Ainda segundo
a assessoria, o contrato foi
firmado no final da gestão de
Mauro Ricardo pelo departamento de administração,
único responsável por "planejar, coordenar e supervisionar" as compras e contratações -atribuição prevista no decreto nº 3.450/2000.
Em carta, o diretor de administração à época, Celso
Tadeu Silveira, recorreu ao
decreto para isentar Mauro
Ricardo de qualquer envolvimento. "Nenhum ato de execução financeira referente a
esse contrato foi praticado
na gestão do ex-presidente."
Para a procuradora Raquel
Branquinho, o decreto é um
subterfúgio ilegal criado na
Funasa, pelo qual servidores
do baixo escalão é que assinam os contratos.
Paulo Garcia, ex-coordenador de logística da Funasa,
foi procurado pela Folha em
sua residência ontem à tarde. Segundo o porteiro do
prédio, ele viajou há cerca de
uma semana. Na casa do proprietário da Brasfort, Robério Bandeira de Negreiros,
não houve resposta aos chamados pelo interfone.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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