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ELEIÇÕES 2008 / CANDIDATOS EM QUESTÃO
Petista diz que lista é "arbitrária e leviana" e tem "motivação política"
Em nota, Maluf critica "politização de juízes" e rechaça acusações contidas nos processos contra ele
Candidatos que disputam eleição em outras capitais
também rebatem acusações que motivaram as ações
na Justiça citadas pela AMB
EM SÃO PAULO
DA FOLHA ONLINE
DA AGÊNCIA FOLHA
Os candidatos Marta Suplicy
(PT) e Paulo Maluf (PP) afirmaram ver motivação política
na divulgação da lista e atacaram a AMB (Associação dos
Magistrados Brasileiros).
"Acho um absurdo o nível de
irresponsabilidade, porque isso
prejudica uma candidatura
idônea, que não tem nenhuma
condenação em nenhuma última instância", disse Marta.
Em nota, a coligação que a
apóia (PT, PC do B, PSB, PDT,
PRB e PTN) classificou como
"arbitrária, tendenciosa e leviana" a atitude da AMB.
"Surpreende que uma associação, cujos integrantes têm a
responsabilidade de administrar a Justiça, cometa um gesto
que caracteriza prejulgamento
ou rito simbólico de execução
sumária", diz o texto.
A coligação lembra que o registro de candidatura de Marta
foi aprovado pela Justiça (no
dia 14) sem que houvesse contestação e afirma que a ação a
que Marta responde foi movida
por oposicionistas. "A lista, que
transgride os preceitos mínimos da ética e do direito, faz referência a uma ação movida por
oposicionistas contra a então
prefeita, ainda sem julgamento
em qualquer instância, e na
qual Marta Suplicy já obteve
uma liminar favorável do Tribunal de Justiça de São Paulo."
A coligação afirma ainda que
estuda medidas judiciais e pede
"reflexão" sobre "as motivações políticas" da AMB.
Também por meio de nota,
Maluf afirmou que as acusações contidas nos processos
"não têm base legal, jurídica ou
administrativa". "O Estado de
Direito seria melhor conduzido
sem politização dos juízes. Juízes não devem se meter em política. Juiz só fala nos autos."
Os outros dois principais
concorrentes à Prefeitura de
São Paulo, Geraldo Alckmin
(PSDB) e Gilberto Kassab
(DEM), não quiseram comentar a lista da AMB. Kassab negou responder a processos.
O ex-governador Amazonino
Mendes (PTB), candidato à
Prefeitura de Manaus, disse em
nota que, dos quatro processos
citados, dois foram arquivados
no âmbito federal e em um ele
foi absolvido na esfera estadual.
O prefeito de Goiânia, Iris
Rezende (PMDB), disse, via assessoria, que o processo é
"questão pequena" e que a ação
se refere a uma área pública invadida na qual o Ministério Público considerou que houve
omissão da prefeitura.
Maria Suely Silva Campos
(PP), que concorre a vice em
Boa Vista (RR) na chapa do prefeito Iradilson Sampaio (PSB),
disse que o seu processo "tramita para o arquivamento". "É
que a Justiça é muito lenta."
Segundo o advogado do candidato a vice de Fortaleza Sérgio Braga (PPS), Wilson Vicentino, o candidato, que é livreiro,
foi levado a erro ao entregar como garantia para um litígio tributário pedras preciosas que
havia recebido como pagamento e que traziam um laudo do
DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) atestando sua autenticidade. As pedras seriam falsas. Ele concorre
na chapa de Luiz Gastão (PPS).
O ex-delegado de Polícia Civil Pitágoras Lincoln de Matos
(DEM), candidato a vice-prefeito de Belo Horizonte na chapa de Gustavo Valadares
(DEM), responde a acusação de
abuso de autoridade. "É caso
corriqueiro na nossa profissão,
em que tentam reverter a posição de réu para vítima."
A candidata a vice-prefeita
de Belém na chapa encabeçada
por Mário Cardoso (PT), Leila
Márcia Silva Santos (PC do B),
afirmou que o processo que sofre é referente à invasão da reitoria da UFPA (Universidade
Federal do Pará) em 1996,
quando ela militava no movimento estudantil. "Tenho a
consciência tranqüila em relação a esse negócio de lista suja.
Minha trajetória é marcada pela defesa da ética na política."
A candidata do PT à Prefeitura de Macapá, Dalva Figueiredo, disse que a acusação contra
ela se refere a representação
feita pela Assembléia em 2002,
acusando-a, por razões de "disputa política", de executar Orçamento à frente do governo
diferente do aprovado. Segundo Dalva, "o processo está
aguardando parecer do STF".
Marinor Brito, candidata à
Prefeitura de Belém pelo PSOL
e processada por invadir a Secretaria Estadual da Fazenda
em uma greve de 1996, não pôde falar pois estava internada.
O prefeito de Palmas (TO),
Raul Filho (PT), disse, em nota,
que o processo citado se refere
a uma dívida tributária pessoal
que está sendo parcelada.
O candidato a prefeito de
Porto Velho (RO) Hamilton
Casara (PSDB) disse que
"aguarda posicionamento da
Justiça para se manifestar". Os
demais ou não responderam ou
não foram encontrados.
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