São Paulo, quinta-feira, 24 de julho de 2008 |
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Painel RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br Redução de danos
No dia 8 passado, às vésperas do recesso, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou um
projeto, embarcado no pacote apresentado para endurecer o cerco aos candidatos com "ficha suja", que
reduz o tempo de inelegibilidade de parlamentares
cassados. Pela nova regra, que ainda precisa do aval do
plenário da Casa e da Câmara, os oito anos de punição
começarão a ser contados a partir da data da perda do
mandato, e não mais do fim da legislatura. A regra
atual estende o afastamento, na prática, para até 12
anos no caso de deputados e 16 no de senadores. Carona. O projeto de Cafeteira virou parágrafo do substitutivo que agregou 21 matérias, assinado por Demóstenes Torres (DEM-GO). "Concordei com o argumento dele. A regra atual é mais dura com quem enfrenta o processo do que com quem foge e renuncia", afirma o senador. Pesos e medidas. Para Roberto Jefferson, cassado pela Câmara em 2005, "trata-se de corrigir uma desproporcionalidade com o Executivo" -no qual o período de inelegibilidade, em determinados cargos, já é contado a partir da data da perda do mandato. Alto lá! O plano do governo de correr com a fusão Brasil Telecom-Oi tão logo termine o recesso pode esbarrar na própria base aliada. O senador Renato Casagrande (PSB-ES) apresentará requerimento para realizar audiência pública sobre o negócio, alvo de maior controvérsia depois da prisão de Daniel Dantas. Não é comigo. José Sarney participa do intenso corpo-a-corpo para instalar Emilia Ribeiro na Anatel, mas o faz no seu estilo de sempre: diz que ela é tão competente que nem precisa de padrinho. Monotemático. O site da campanha de Marta Suplicy (PT) passou o dia de ontem inteiramente dedicado a reproduzir declarações de diversas personalidades contra a divulgação da chamada "lista suja", que incluiu a candidata. Tudo elencado abaixo da tarja "Nota de Repúdio", assinada pela coligação. Encerrado. A denúncia contra Celso Pitta por uso de dinheiro público para propaganda pessoal, na qual Gilberto Kassab era co-réu, foi julgada improcedente pelo Tribunal de Justiça de São Paulo em 7 de maio de 2007. Ilha. O PT vai montar estúdio em Brasília para que Lula e ministros gravem inserções no material de campanha de candidatos da base sem precisar se deslocar aos Estados nem usar instalações públicas, o que poderia ser contestado na Justiça Eleitoral. Mãozinha. O PSB decidiu injetar recursos nas campanhas dos 107 candidatos do partido em cidades com mais de 25 mil eleitores. Essa tropa terá material gráfico, jingle padrão e declarações de dirigentes como Eduardo Campos e Ciro Gomes em suas peças publicitárias e programas de televisão. Tudo com dinheiro do fundo partidário. Acidental. O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e o presidente do DEM, Rodrigo Maia, erraram a data da reunião que o primeiro teria no BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e chegaram um dia antes a Washington. Aproveitaram para fazer turismo. O encontro aconteceu ontem. Calculadora. Apesar da ginástica financeira praticada por Yeda Crusius (PSDB) na tentativa de demonstrar que tinha renda suficiente para comprar uma casa de R$ 750 mil, hoje avaliada em R$ 900 mil, "faltaram" R$ 160 mil. A governadora então alegou que fez uma "troca" com o antigo proprietário, pela qual teria assumido dívidas dele. com VERA MAGALHÃES e SILVIO NAVARRO Tiroteio "A AMB se desqualifica ao adiantar posição sobre processos inconclusos e cujos autos desconhece. Ou ela não sabe o que é "ficha suja", ou sabe e misturou deliberadamente casos muito diferentes, o que é ainda mais grave." Do deputado CÂNDIDO VACCAREZZA (PT-SP), sobre a relação de candidatos divulgada pela Associação dos Magistrados Brasileiros. Contraponto Íntimo e pessoal
Durante evento realizado na segunda-feira em São Paulo, os candidatos Marta Suplicy (PT), Geraldo Alckmin
(PSDB) e Gilberto Kassab (DEM) exercitaram a tática de
associar a imagem à de seus respectivos padrinhos políticos -Lula, no caso da petista, e José Serra, nos casos do
prefeito e, por questão partidária, do ex-governador. |
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