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Protógenes investigou fusão entre BrT e Oi
PF apreendeu documentos no UBS Pactual, banco que disputou contrato no processo de união das teles
LEONARDO SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A equipe do delegado Protógenes Queiroz começou efetivamente a investigar, durante a
Operação Satiagraha, a fusão
das empresas de telefonia Oi e
Brasil Telecom -chancelada
pelo presidente Lula, será o
maior negócio do setor no país.
No Rio, PF cumpriu mandado de busca e apreensão e levou
documentos do escritório do
UBS Pactual, um dos bancos
que disputaram o contrato de
"advisor" (assessoramento financeiro) da operação. Segundo a Folha apurou, os policiais
fizeram perguntas sobre a fusão das empresas e o relacionamento do banco com Daniel
Dantas, dono do Opportunity.
À Folha a assessoria do UBS
informou que o banco nunca
foi contratado para prestar
consultoria no processo de fusão das duas empresas de telefonia e que, portanto, não é alvo de investigação policial.
Acrescentou que a instituição
não tem ligação com Dantas.
No pedido de busca e apreensão que a delegada Karina Souza fez à Justiça, ela classificou o
endereço do UBS como "local
onde foram realizadas reuniões para a unificação da Brasil Telecom e Oi".
A delegada menciona também uma empresa offshore
chamada Ridgeview Investments, representada pelo UBS.
Segunda a Folha apurou, a
Ridgeview é o "veículo" usado
pelo Opportunity Fund (fundo
do grupo de Daniel Dantas para
não-residentes no Brasil) para
investir no país. O UBS faz apenas a parte administrativa relacionada ao fundo, de acordo
com a resolução 2689 do Conselho Monetário Nacional.
Com os elementos recolhidos na operação, a PF deve instaurar, na segunda etapa da investigação, um inquérito específico para apurar possíveis crimes relacionados à fusão das
duas teles.
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