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Para Suplicy, apoiar petista é desgastante
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O senador Eduardo Suplicy
(PT-SP) admitiu ontem que sofre
desgastes por se dedicar à reeleição da ex-mulher, a prefeita licenciada Marta Suplicy (PT). Ele
também reconheceu que discorda
da condução agressiva da campanha de Marta e da busca pelo
apoio explícito do ex-prefeito
Paulo Maluf (PP).
Afirmando que o "importante é
ressaltar os aspectos positivos de
Marta", Suplicy deixou claro que
concorda com o teor da entrevista
que sua namorada, a jornalista
Mônica Dallari, 40, deu à revista
"Veja" desta semana.
Na entrevista, Mônica diz que,
numa disputa, ele "trabalharia
numa linha muito mais propositiva e seria mais crítico em relação a
apoios como o do Maluf".
Suplicy endossa ao lembrar um
bilhete que, durante um debate,
escreveu ao marqueteiro Duda
Mendonça sugerindo que Marta
contasse sobre o aumento do número de mamógrafos. "O bilhete,
ele enfiou no bolso. A contribuição, eu, pelo menos, dei. Não desisto de contribuir com aquilo
que acredito", disse.
Suplicy também confirma que a
sua exposição na campanha é alvo
de críticas e que Mônica "observou um fato" ao dizer que "ele sofreu um desgaste por isso".
Segundo ele, Mônica tem o
apoiado. "Mas ela registrou que,
em alguns momentos, representa
desgaste." Ele conta "que é fato e
que ela observou que algumas
pessoas perguntam: "Como é que,
mesmo depois da Marta ter tomado a iniciativa da separação, você
a apóia com todo entusiasmo?"".
Ele confirma que a ex-mulher,
às vezes, o reprimia quando cantava. Mas se negou a comentar as
críticas de Mônica. Declarando
voto em Marta, a jornalista criticou "o comportamento, os lugares que [Marta] passou a freqüentar, as roupas que passou a vestir". Comentou ainda as aplicações de Botox que a prefeita fez.
"Às vezes até assusta."
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