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Na prefeitura, tucanos apelam à Executiva para definir conduta
Kassabistas estão divididos entre prefeito e dependência de votos do PSDB
FERNANDO BARROS DE MELLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Os vereadores tucanos de
São Paulo vão levar às instâncias municipal e estadual do
PSDB a decisão sobre o apoio
exclusivo ou não ao ex-governador Geraldo Alckmin, escolhido o candidato tucano à Prefeitura de São Paulo.
Na prática, isso significa que
eles pedem ao partido uma decisão sobre a conduta em relação à administração do prefeito
Gilberto Kassab (DEM).
Até o fim da semana, os vereadores e o secretário municipal de Esportes, Walter Feldman, terão uma reunião com os
presidentes estadual e municipal do partido, Mendes Thame
e José Henrique Reis Lobo,
além dos deputados federais
Edson Aparecido e Julio Semeghini, apoiadores de Alckmin.
Feldman e os vereadores estiveram na linha de frente da
articulação para levar a tese da
aliança com Kassab à convenção tucana, proposta retirada
na véspera da votação.
"Somos partidários, mas não
podemos abandonar São Paulo
e todas as conquistas que tivemos. Vamos levar às instâncias
do partido essa nossa situação
paradoxal", disse o líder da bancada, Gilberto Natalini.
Segundo aliados de Alckmin,
três pontos vão dominar essa
conversa. O primeiro é a preocupação com as conseqüências
de um possível abandono da
gestão Kassab, que foi vice-prefeito do governador José Serra
e é um aliado dele.
Além disso, uma insistência
em apoiar Kassab mesmo com
Alckmin candidato poderia dar
munição para os mais exaltados levarem os vereadores ao
conselho de ética do partido.
Por fim, há análise de que,
para se eleger, os vereadores
precisam do voto de legenda do
PSDB, que seria puxado por
Alckmin. Ao mesmo tempo,
Alckmin necessita da ajuda dos
parlamentares para fazer campanha junto às bases deles.
"Você faz campanha com
emoção, tem que transmitir
um desejo de mudança. A situação dos vereadores é reconhecidamente difícil", diz Thame.
"Mas, se o nosso candidato
vai bem, aumenta voto de legenda. Por outro lado, nosso
candidato precisa da ação dos
vereadores para ter capilaridade, para conseguir chegar às lideranças de bairro."
Em 2004, a legenda do PSDB
recebeu 458 mil votos. A atual
bancada teve 312 mil votos.
Julio Semeghini, que faz parte da Executiva Municipal do
partido, diz que o momento
agora é de união. "Nós fazemos
questão de deixar todas as portas abertas. A união traz conseqüências positivas para a eleição de 2008 e de 2010."
Alianças
Kassab fechou ontem mais
uma aliança, com o PSC. O partido, que conta hoje com 12 deputados federais, garantirá 36
segundos adicionais ao programa do prefeito.
A aliança se restringe à chapa
majoritária. "Teremos o mesmo que os candidatos do DEM,
material de campanha, programa eleitoral", diz o presidente
do PSC, Gilberto Nascimento.
Colaborou CATIA SEABRA , da Reportagem Local
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