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OUTRO LADO
Secretário confirma ato e nega pressão
DA REPORTAGEM LOCAL
Os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin afirmaram, por
intermédio de suas assessorias
de imprensa, que desconhecem o trabalho de distribuição
de material realizado por funcionários do projeto Parceiros
do Futuro, financiado pelo governo estadual de São Paulo.
Segundo as assessorias, se a
panfletagem ocorreu, nenhum
coordenador de campanha teve conhecimento do ato.
O secretário de Estado da
Educação, Gabriel Chalita, disse que foi informado do ato depois do pedido de entrevista
feito pela reportagem.
"Realmente houve esse ato,
mas eu não fui informado.
Mesmo assim, os monitores
que participaram não são funcionários da secretaria, não são
funcionários públicos estaduais. São terceirizados e administrados pela FFM [Fundação Faculdade de Medicina]."
Segundo Chalita, os monitores têm o compromisso de assinar a lista de presença todas às
segundas e sextas (dias em que
as panfletagens são feitas).
"Sábado e domingo eles ficam nas escolas. Na segunda,
os monitores fazem uma revisão do que foi o final ne semana, quais os programas foram
os mais interessantes, por
exemplo. Na sexta, eles se preparam para o final de semana."
De acordo com o secretário
da Educação, se os funcionários utilizaram ou utilizam esses dias para distribuir material
político, "é por livre e espontânea vontade".
"Eles não estão em horário de
trabalho, não entram na secretaria e não utilizam material
público. Isso é importante estar
na reportagem", disse Chalita.
Ao ouvir da reportagem que
os monitores reclamaram da
suposta pressão exercida pela
chefia e disseram se sentir
"constrangidos" com o ato, o
secretário telefonou à coordenadora do programa, Maria
Amélia Fernandes.
"Maria Amélia me informou
que os trabalhos foram voluntários e que ninguém foi ameaçado de perder o emprego."
Chalita afirmou que o governador Geraldo Alckmin, preocupado com o possível uso de
material público na campanha,
convocou duas reuniões com
os secretários estaduais.
"O governador foi enfático.
Exigiu que ninguém utilizasse
absolutamente nada na campanha eleitoral. Nem motorista
oficial, nem carro oficial, nada.
Ele afirmou que nenhum servidor, durante expediente, poderia fazer campanha", afirmou o
secretário da Educação.
A Fundação para Desenvolvimento da Educação, segundo
o secretário, contrata a Fundação Faculdade de Medicina para que esta administre o projeto. "A FFM é uma fundação séria e idônea. Ela é a responsável
pela contratação do pessoal para trabalhar no projeto Parceiros do Futuro."
"Quem paga é o FDE [órgão
ligado à Secretaria Estadual da
Educação], mas não são funcionário da fundação. São terceirizados", afirmou Chalita.
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