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"Não vão atingir Rita", declara Gerson Camata
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O senador Gerson Camata
(PMDB-ES) afirmou ontem que
as denúncias que surgiram contra
ele não vão atingir a deputada Rita Camata (PMDB-ES), pré-candidata a vice-presidente na chapa
do senador tucano José Serra,
porque são "falsas e requentadas", relativas ao período do seu
governo (1983/1986).
"Como vai atingir a Rita se é tudo mentira. Além disso, são coisas
do meu governo, acontecidas há
20 anos, quando ela nem tinha
mandato", comentou o senador.
Camata partiu para o contra-ataque tão logo soube que uma
investigação ocorrida quando governou o Espírito Santo (1983-1986) fora retomada por rivais.
Trata-se do caso "dolargate",
nome derivado de uma CPI que
investigou empréstimos que somavam cerca de US$ 70 milhões
contraídos pelo governo Camata
para rolar a dívida estadual.
No caso "dolargate", Camata foi
acusado de ter usado o Bandestes
(Banco do Estado) para intermediar o empréstimo obtido de bancos internacionais. O banco era
presidido, na época, por Carlos
Guilherme Lima, que havia cuidado do seu caixa de campanha.
"Isso saiu de uma CPI arranjada. Foi para o Ministério Público
Federal, que propôs o arquivamento. O Supremo arquivou isso
em 1990. A Federação Nacional
dos Jornalistas, que publicou a denúncia, foi condenada a me pagar
R$ 94 mil. Eu perdoei a indenização, mas eles pagaram o meu advogado", disse o senador, negando qualquer intermediação.
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