São Paulo, quarta-feira, 26 de junho de 2002

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Vice de Garotinho deve vir do PSB de Pernambuco

Luiz Carlos Murauskas/Folha Imagem
Anthony Garotinho, após almoço com empresários, em São Paulo


CLÁUDIA CROITOR
DA REPORTAGEM LOCAL

O vice na chapa do candidato do PSB à Presidência, Anthony Garotinho, deverá ser um político do PSB de Pernambuco. O nome será anunciado amanhã, após reunião da Executiva do partido, em Brasília. A Folha apurou que o provável vice é um ex-secretário do governo pernambucano, indicado pelo ex-governador Miguel Arraes, presidente do PSB.
Até a noite de ontem, o indicado ainda não havia aceitado o convite. "O nome já está definido, estávamos conversando [com ele" havia algum tempo, isso é um processo de sedução", disse Garotinho ontem, em São Paulo, após almoçar com executivos de empresas de capital italiano. Outra opção para vice seria o padre Herculano, frei franciscano que já foi prefeito no Piauí. Mas o nome encontrava resistências no partido.
A escolha do vice tem sido uma dor de cabeça para Garotinho. Sete outros nomes já foram cogitados para ocupar a vaga: Miguel Arraes, o ex-presidente do STJ Paulo Costa Leite, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, os deputados Luiza Erundina, João Leite e José Antônio de Almeida e o economista Luciano Coutinho.
Ontem, Garotinho negou mais uma vez os rumores de que tenha planos de renunciar à candidatura para tentar a reeleição ao governo do Rio. "Conversei hoje [ontem" com Miguel Arraes, que reafirmou minha candidatura. Não há possibilidade de renúncia." Segundo ele, os rumores de que ele iria desistir de concorrer à Presidência para que o PSB apoiasse o PT seriam o motivo de sua queda em pesquisas eleitorais.
"Acho que tive um desempenho espetacular [nas pesquisas], já que a imprensa vem divulgando todo os dias que eu vou abandonar minha candidatura", disse.
Ele ainda levantou suspeitas sobre a autoria do ataque à Prefeitura do Rio, na segunda. "É preciso perguntar: a quem interessa isso? Os traficantes teriam motivo para fazer isso? Tenho uma tese [sobre o ataque], mas prefiro não falar."



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