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Painel
RENATA LO PRETE painel@uol.com.br
Puxão de cabelo
O bom desempenho e o potencial de crescimento de
Manuela D'Ávila (PC do B), empatada com Maria do
Rosário (PT) em segundo lugar no Datafolha, indicam
que a deputada será o alvo da hora em Porto Alegre. A
primeira a disparar foi Luciana Genro (PSOL), que já
soltou na praça panfletos vinculando Manuela ao PPS
gaúcho. A sigla tem em seus quadros Cezar Busatto,
ex-chefe da Casa Civil da governadora Yeda Crusius
(PSDB), degolado no escândalo do Detran.
De acordo com o Datafolha, Manuela leva vantagem
entre os indecisos: 9% dizem que poderão votar nela,
contra 4% na petista Rosário. Além disso, 13% dos que
declaram voto em Onyx Lorenzoni (DEM) admitem a
possibilidade de transferi-lo para a comunista.
Cara-pintada. No primeiro debate da capital gaúcha,
na próxima semana, Luciana
Genro novamente apontará
seus canhões para Manuela.
Dirá que a oponente nunca
trabalhou, abandonou o mandato de vereadora pela metade e se prepara para fazer o
mesmo com o de deputada
-condição, aliás, da própria
candidata do PSOL.
Game. Adversários do primeiro colocado ACM Neto
lançaram na internet o jogo
"Grampinho não!", em que o
candidato do DEM aparece
numa nave e o jogador, com
canhão de fogo, tenta impedir
que ele "baixe em Salvador".
Em tempo. O apelido de
Neto se refere à denúncia de
que seu avô, Antonio Carlos
Magalhães, mandou grampear adversários na Bahia.
Quarentena. Raimundo
Varella, o radialista de Salvador que desistiu da candidatura a prefeito para apoiar
ACM Neto, ficará fora do comando do programa "Balanço
Geral", da afiliada da Record.
Adversários do DEM ameaçavam recorrer à Justiça contra
sua permanência no ar.
Padrinhos. João da Costa
(PT), que de candidato desconhecido se transformou em
segundo colocado em Recife,
aparece na frente de Mendonça Filho na pesquisa espontânea, segundo o Datafolha: 11%
a 9%, o que representa empate técnico. O petista tem o
apoio de Lula, do governador
Eduardo Campos (PSB) e do
prefeito João Paulo (PT).
Negócios. Ameaçado de ficar de fora da disputa para vereador em São Bernardo,
Marcos Lula da Silva, filho do
presidente, declarou à Justiça
Eleitoral ser dono de 50% do
capital da Flexbr Tecnologia,
em sociedade com o irmão
Fábio Luís, o Lulinha. Detalhe: o capital total é de R$
2.000. Quando foi fundada, há
um ano, era de R$ 20 mil.
Laços. O site da Flexbr está
registrado em nome da G4
Entretenimento e Tecnologia
Digital, cujo responsável é
Kalil Bittar, filho do sócio de
Lulinha na Gamecorp. E a sede da Flexbr pertence à Mito
Empreendimentos, que está
em nome de Valeska Teixeira,
filha do compadre do presidente, Roberto Teixeira.
Veja bem. Henrique Meirelles (BC) ligou para o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, preocupado com a nota
oficial na qual o partido, em
resposta ao aumento de um
ponto na taxa de juros, chama
de "esquizofrênica" a política
econômica do governo.
Intempéries. No fórum de
governadores do Nordeste, o
ministro Paulo Bernardo
(Planejamento) ouviu críticas
à burocracia para repasses federais aos Estados. Wellington Dias (PT-PI) disse que
verbas para enfrentar a seca
de 2004 só estão chegando
agora, depois de uma enchente que causou mais estragos.
Incerteza. Senadores reclamam da demora de Garibaldi
Alves (PMDB) em definir a
data dos períodos de esforço
concentrado durante as eleições. Caso o presidente do Senado decida fazer como o colega da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT), e decretar trabalho normal vão chover pedidos de licença na Casa.
com VERA MAGALHÃES e SILVIO NAVARRO
Tiroteio
"É estranho o presidente dizer isso, porque a
ministra não sai do palanque desde que foi
denominada, por ele mesmo, 'mãe do PAC'.
Se tiver de descer agora, vai ficar contrariada."
Do senador JARBAS VASCONCELOS (PMDB-PE), sobre a
determinação de Lula para que Dilma Rousseff não participe
de campanhas fora do Rio Grande do Sul, sua base eleitoral.
Contraponto
Pano rápido
Patinando nas pesquisas em Natal, Fátima Bezerra (PT)
enfrenta certo desânimo de seus aliados. O presidente do
Senado, Garibaldi Alves (PMDB), e a governadora do Rio
Grande do Norte, Wilma Faria (PSB), dividem espaço no
palanque com o desconforto típico de ex-adversários.
No domingo passado, a candidata era acompanhada pelos dois numa carreata de público escasso pela orla.
Quando Garibaldi começou a discursar, viu que Wilma
desceu do carro, preparando-se para dar no pé.
-Já vai, governadora? Sem dar nenhuma palavrinha?
Constrangida, ela improvisou uma fala breve no chão
mesmo e, minutos depois, foi mesmo embora.
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