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Ministro quer reduzir área de preservação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Menos de quatro meses
após ser escolhido coordenador do PAS (Plano Amazônia Sustentável), o ministro Mangabeira Unger
partiu ontem para a defesa
clara da mudança das regras que impedem desmatar mais do que 20% das
propriedades localizadas
nas áreas de floresta na
Amazônia: um dos maiores tabus no debate com
ambientalistas. Nas áreas
de cerrado, o limite de desmatamento é de 35%.
Em entrevista à Folha,
o ministro de Assuntos
Estratégicos afirmou que
a regra -definida em 2001
por meio de medida provisória e como resposta ao
aumento do desmatamento- é uma "invenção insensata": "Isso não presta,
não existe em lugar nenhum do mundo, [a regra]
não foi feita pra valer e é
amplamente violada".
Mangabeira ponderou
que não há solução "instantânea" para o problema. Reconheceu que o Código Florestal já autoriza
percentuais maiores de
áreas desmatadas (até
50% na floresta, para efeito de recomposição), desde que avalizadas pelo zoneamento econômico-ecológico, concluído no
Acre e em Rondônia.
Segundo o ministro, o
acordo entre os ministros
do Meio Ambiente e da
Agricultura para permitir
a recomposição de parte
da reserva com espécies
exóticas, como dendê e
eucalipto, é um "exemplo
pontual de flexibilização",
mas uma resposta limitada ao problema.
Minc
Em reunião com membros de ONGs e congressistas, o ministro Carlos
Minc (Meio Ambiente)
abriu negociação para
"ajustes" no Código Florestal, que estabeleceu a
exigência de preservação
de 80% das propriedades
na Amazônia.
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