São Paulo, domingo, 26 de setembro de 2004 |
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PAINEL Bom comportamento O entendimento de bastidores entre o PT e Paulo Maluf não deverá render apenas alguma proteção ao ex-prefeito das garras da CPI do Banestado. Se tudo sair como previsto, o PP emergirá da campanha eleitoral com sua fatia de cargos no governo federal revista e ampliada. Vai que dá Egresso da marquetagem da gestão Marta Suplicy e ainda hoje prestador de serviços à prefeitura petista de Recife, Marcelo Teixeira, à frente da campanha de Paulo Maluf, foi peça relevante no trabalho de convencimento que levou o ex-prefeito a entrar na disputa deste ano. Serviços prestados De um candidato petista a vereador a respeito do programa de TV de Maluf, exibido na quarta-feira, no qual um paraplégico acusa o candidato tucano de ter lhe dado calote: "Se o Maluf tivesse feito isso antes, o Serra não teria subido tanto". De bom tamanho O PT considera mínima a possibilidade de ver Luiza Erundina no palanque de Marta Suplicy no segundo turno. Ressentimentos pessoais de difícil superação. O partido se dará por satisfeito se a ex-prefeita não subir no de Serra, em obediência à determinação do PSB nacional. Tudo de novo Já com Orestes Quércia (PMDB), fiador de Luiza Erundina no primeiro turno, o PT acredita que há jogo. Basta que o Palácio do Planalto reabra o balcão para compensá-lo com algum cargo. Na etapa anterior das negociações, nada rolou para o ex-governador. Diga não 1 Circula na internet um "manifesto pelo voto crítico" em SP. Encabeçado por petistas históricos, prega "o voto nulo ou em uma candidatura à esquerda de Marta", por julgar que os principais candidatos "não representam qualquer possibilidade de mudança qualitativa" na cidade. Diga não 2 À frente do "manifesto pelo voto crítico" estão, entre outros, o sociólogo Chico de Oliveira e o filósofo Paulo Arantes e "os Plínios" de Arruda Sampaio, pai e filho. Este último no ano passado tentou, sem sucesso, que o PT realizasse prévias para escolher o candidato em São Paulo. Pedra fundamental Em reunião avaliatória, a cúpula do PT concluiu que, mesmo se o partido perder em São Paulo, baterá a marca dos 20% dos votos válidos do país. É a base a partir da qual a sigla espera construir a reeleição de Lula. Na lanterna Dos presidenciáveis de 2006, Anthony Garotinho é o que enfrenta mais dificuldades na "etapa classificatória". Ao entrar no PMDB, prometeu conquistar 55 prefeituras. Talvez não chegue a 30. No momento, perde até em Campos (RJ), seu berço político. Modo de dizer O prefeito João Paulo (PT) acredita que Jarbas Vasconcelos (PMDB) será o grande derrotado em Recife. Diz o contrário porque espera contar com votos de eleitores do governador na tentativa de vencer no 1º turno. Perda controlada Roberto Magalhães deixará o PTB após as eleições. O Planalto trabalha para manter o apoio dos demais petebistas pernambucanos a João Paulo, caso haja segundo turno em Recife. Circuito fechado 1 Equipe da Anatel esteve em Parauapebas (PA) para inspecionar a TV local. O candidato do PT a prefeito vinha tentando na Justiça, sem sucesso, retirar do ar os programas dele e dos adversários. Seu desempenho na intenção de voto piorou após o início do horário gratuito. Circuito fechado 2 De acordo com a Anatel, vistorias são rotina em todo o país. A agência não soube informar se a emissora seria retirada do ar. TIROTEIO Do presidente do PT, José Genoino, apresentando suas condições para apoiar a elevação da meta de superávit primário: -Tudo bem, se não afetar investimentos, se vier com diminuição dos juros e sem renovação do acordo com o FMI. CONTRAPONTO Memória fotográfica Eleito governador do Rio de
Janeiro em 1982, Leonel Brizola
enfrentou dificuldades para
montar seu secretariado, entre
outras razões porque seu partido, o PDT, havia sido criado
apenas dois anos antes, depois
de árdua e perdida disputa com
Ivete Vargas (1927-1984) pelo
registro da sigla PTB. |
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