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Maluf e Marta têm as maiores rejeições na eleição paulistana
Índice de ex-prefeito vai de 50% para 48%, apesar de acusações
sobre movimentações no exterior; rejeição a Serra é a menor
DA REDAÇÃO
Paulo Maluf e Marta Suplicy
continuam com as maiores taxas
de rejeição entre todos os candidatos a prefeito de São Paulo.
Segundo o Datafolha, 48% dos
eleitores dizem que não votam
"de jeito nenhum" no ex-prefeito,
acusado de ter abastecido contas
no exterior por meio de recursos
desviados de obras públicas. Maluf nega as acusações, feitas pelo
Ministério Público, e tem alegado
ser vítima de perseguição política.
Em relação ao levantamento anterior, o índice oscilou dois pontos percentuais em seu favor -a
rejeição aferida era de 50%.
A insatisfação mais aguda em
relação ao ex-prefeito é verificada
entre os eleitores com escolaridade superior (59%) e entre os mais
jovens, de 16 a 25 anos (57%).
Na TV e no rádio, em entrevistas ou mesmo em propagandas
do seu partido, o ex-prefeito paulistano adotou o discurso de que
sempre foi um homem rico, sem
fazer referências diretas às acusações que vem sofrendo.
Paz e amor
Assim como Maluf, Marta também se mantém num patamar
elevado de rejeição, de 42%, um
ponto percentual a menos do que
o apontado pela pesquisa do mês
de maio. Entre os moradores da
região central da cidade, a insatisfação com a prefeita atinge o patamar mais alto (52%).
O PT e aliados da prefeita costumam responsabilizar a mídia pelo
alto índice de insatisfação com
Marta. Segundo eles, desde o início da gestão dela, apenas as questões desfavoráveis da administração mereceram manchetes nos
meios de comunicação.
Na campanha, a estratégia do
PT será o de levar ao ar justamente o que considera ser os "pontos
positivos" da gestão Marta.
Devem ganhar espaço no horário eleitoral do partido, por exemplo, o bilhete único e o que a prefeita batizou de "verdadeira revolução no transporte".
Terão espaço também os escolões ou CEUs (Centros Educacionais Unificados) e as farmácias
populares -projeto do governo
Luiz Inácio Lula da Silva que beneficiou a cidade administrada
pela petista com 11 das 18 unidades entregues no país.
A intenção inicial de Marta é repetir o Lula da campanha de 2002
com a política do "Paz e Amor",
deixando para aliados a tarefa de
atacar os adversários.
Menos tempo
A terceira maior rejeição da
campanha é a da também ex-prefeita Luiza Erundina, do PSB, com
25%, o mesmo patamar da pesquisa passada. Nas regiões central
e oeste, o índice de rejeição da deputada federal atinge, respectivamente, 30% e 31% dos eleitores.
Erundina deixou a Prefeitura de
São Paulo no dia 1º de janeiro de
1993 sob a acusação de ter paralisado obras do seu antecessor, Jânio Quadros. De lá para cá, já disputou sem sucesso as eleições
municipais de 1996 e 2000.
Na comparação com Serra, Maluf e Marta, Erundina será a que
vai dispor do menor tempo de
campanha na TV e terá, provavelmente, a mais frágil estrutura financeira e partidária.
A rejeição a Serra atinge 10%.
Derrotado na última eleição presidencial para Lula, o ex-ministro
da Saúde é o único entre os quatro
principais candidatos que nunca
foi eleito para um cargo de chefia
no Poder Executivo.
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