|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CIÊNCIAS SOCIAIS
Reunião deste ano teve participação maior de latino-americanos
Eleição presidencial pauta encontro anual da Anpocs
SYLVIA COLOMBO
RAFAEL CARIELLO
ENVIADOS ESPECIAIS A CAXAMBU
Dezesseis mesas-redondas, 4
conferências e 25 grupos de trabalho depois, chegou ao fim na sexta-feira à noite a 26ª reunião anual
da Anpocs (Associação Nacional
de Pós-Graduação e Pesquisa em
Ciências Sociais), na cidade mineira de Caxambu.
O evento, que reuniu 1.320 participantes, lançou 67 livros e 28
edições de revistas, foi marcado
pela proximidade do segundo
turno das eleições presidenciais.
O tema foi discutido em mesas e
nos corredores do hotel Glória
-sede do evento-, além de aparecer em camisetas e adesivos de
pesquisadores e estudantes nos
quatro dias de encontro.
Além das eleições, a reunião da
Anpocs também comemorou os
25 anos da entidade e lançou algumas discussões acerca do futuro
das ciências sociais no país.
"É necessário que antropólogos,
sociólogos e cientistas políticos se
situem num mundo que está em
mudança. Precisamos enfrentar
temas contemporâneos, como a
situação crítica que vive a política
internacional e o avanço das ciências", disse à Folha Maria Arminda do Nascimento Arruda, secretária-executiva da associação.
Arruda também chamou a
atenção para o aumento da participação de especialistas latino-americanos em relação aos anos
anteriores e para a especial atenção que recebeu a crise argentina.
Na noite de sexta foram conhecidos os trabalhos premiados neste ano pelo Concurso Brasileiro
CNPq/Anpocs de Obras Científicas e Teses Universitárias. A melhor tese de doutorado foi a da antropóloga Maria Cristina Pompa
(Unicamp), "Religião como Tradução: Missionários, Tupi e Tupia
no Brasil Colonial". A melhor dissertação de mestrado foi para um
trabalho de sociologia, "Na Trilha
do Jeca: Monteiro Lobato e a Formação do Corpo Literário no Brasil", de Enio Passiani (USP).
"Inimigos Fiéis: História, Guerra e Xamanismo na Amazônia",
de Carlos Fausto (Museu Nacional) ganhou o prêmio de melhor
obra científica.
Texto Anterior: História: Perry Anderson lança livro com palestra no Tuca Próximo Texto: No Planalto: Brasília já ensaia o balé das cadeiras Índice
|