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Outro lado
Suspeitos negam participação em desvio de verbas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O deputado Miguel Martini (PHS-MG) disse que, depois da Operação João de
Barro, mandou cancelar todas as indicações de emendas dele para 6 das 119 cidades investigadas pela PF.
Ele afirmou ter enviado
aos ministérios das Cidades
e do Turismo, na última terça, pedido de cancelamento
de qualquer repasse aos municípios sugeridos pelo lobista João Carlos de Carvalho.
"Esse cidadão conhecia o
meu chefe de gabinete. Disse
que conhecia prefeitos, que
podia iniciar relacionamento
e abrir espaço político", disse, confirmando a conversa
entre o lobista e o funcionário dele. Martini admitiu
que, interessado em ampliar
sua base eleitoral, destinou
emendas para cinco municípios do Vale do Rio Doce indicados pelo lobista.
Afirmou ter apresentado
também uma emenda para
Governador Valadares (MG),
a pedido do prefeito, que será
cancelada. Martini nega ter
relação com os presos.
O deputado José Santana
de Vasconcellos (PR-MG)
também nega ter ligação com
os alvos da operação. Disse
que nunca pediu liberação de
verbas no Ministério das Cidades. "Se tivessem algo contra mim teriam autorizado
busca no meu gabinete e nos
meus escritórios". Ele confirmou ter indicado emenda
de R$ 1 milhão para a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São
Francisco e do Parnaíba),
mas assegurou que não era
função do diretor da companhia preso pela PF liberá-la.
A Folha não conseguiu localizar ontem o deputado
Jaime Martins (PR-MG).
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