São Paulo, domingo, 28 de julho de 2002

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Ex-governador é investigado na área civil

DA REPORTAGEM LOCAL

Liminar do STJ (Superior Tribunal de Justiça), proferida em 1997, suspendeu o arresto de bens do ex-governador Orestes Quércia.
Suas propriedades encontram-se livres e desembaraçadas dessa restrição.
Em 1994, o STJ já rejeitara denúncia de estelionato no inquérito sobre as importações de equipamentos israelenses para as universidades e polícias de São Paulo, compras superfaturadas no total de US$ 310 milhões feitas sem licitação durante o seu governo e reveladas pela Folha.
Quércia safou-se de outras investigações, mas não procede a afirmação repetida de que nada deve à Justiça, opinião reafirmada pelo candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao dizer que desconhece qualquer condenação do novo companheiro de palanque.

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Em maio de 2000, o Tribunal de Justiça de São Paulo manteve decisão de primeira instância que condenara Quércia a reparar danos causados ao patrimônio público pela construção indevida de uma cerca na Fazenda Nossa Senhora Aparecida, de sua propriedade, em Pedregulho, quando foram utilizados materiais e serviços do Departamento de Estradas de Rodagem. Ainda cabe recurso.
Quércia também é um dos réus em ação civil pública que tramita na 9ª Vara da Fazenda Pública, em que é pedida a anulação do contrato com a Trace Trading Company e Sealbrent Holdings Ltd., intermediárias das importações superfaturadas de equipamentos de Israel destinados à Unesp. O Ministério Público Estadual pede que os réus sejam condenados a repor ao patrimônio o equivalente a US$ 40 milhões (valores da época).

Baneser
Quércia ainda é alvo de inquérito civil que apura a importação, sem licitação, de equipamentos israelenses, no total de US$ 70 milhões, para a USP e Unicamp.
Quércia também é réu em duas ações civis públicas em que foi pedida a devolução aos cofres públicos dos gastos com a contratação de pessoal, sem concurso público, pelo Baneser (Banespa S/A Serviços Técnicos e Administrativos) e pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), durante seu governo. (FV)



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