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LEGISLATIVO
Garibaldi sofre pressão e cancela leitura de MPs
ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pressionado pela oposição, o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho
(PMDB-RN), decidiu ontem que, nos próximos 45
dias, não serão realizadas
leituras de novas medidas
provisórias em plenário.
Isso interrompe a tramitação na Casa dessas propostas que são de autoria
do Poder Executivo.
Garibaldi tomou a decisão após críticas dos senadores do DEM e do PSDB
que cobraram explicações
por conta das declarações
que ele fez na segunda,
quando disse que STF (Supremo Tribunal Federal)
tem legislado porque o
Congresso não vota.
Para os senadores, Garibaldi não levou em consideração o fato de que os
trabalhos no Legislativo
têm sido atrapalhados pelo excesso de medidas provisórias que tramitam na
Casa, já que, quando não
são apreciadas, trancam a
pauta de votações.
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) foi o primeiro discursar. "Vossa
excelência tem de parar de
falar no jornal e reagir.
Reagir e defender a honra
desta Casa. Se continuar a
falar pelos jornais e não fizer nada de concreto, estará sendo o coveiro deste
moribundo Senado."
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