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Paulinho pede apoio a sindicatos para Marta vencer já no 1º turno
Investigado pela PF, deputado participou de evento que reuniu sindicalistas ao lado da candidata petista e do vice Aldo Rebelo
Apoio do pedetista é visto com receio porque Paulinho é alvo de investigação sobre pagamento de propina para viabilizar créditos no BNDES
RANIER BRAGON
EM SÃO PAULO
Em evento na noite de ontem
que contou com a presença de
cerca de mil sindicalistas e trabalhadores, o presidente da
Força Sindical, deputado Paulo
Pereira da Silva (PDT), disse
que Marta Suplicy (PT) pode
ganhar definitivamente a disputa no dia 5 de outubro e conclamou os sindicalistas a "não
permitir" que haja segundo
turno em São Paulo.
Foi a primeira vez desde o
início oficial da campanha que
Paulinho, como é conhecido,
apareceu ao lado de Marta.
O seu apoio é tratado pelos
petistas, nos bastidores, como
bastante delicado. Apesar de
ter assegurado a Marta o PDT e
uma central que diz contar com
3,6 milhões de trabalhadores filiados em São Paulo, Paulinho é
alvo de investigação que o acusa de receber propina para facilitar empréstimo no BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
"Nós temos condições de ganhar no primeiro turno, mas é
preciso que cada um arregace
as mangas e peça voto. Nós não
podemos permitir que se vá para o segundo turno. Taí, tá pertinho, faltam só dois ou três
pontos", discursou Paulinho.
Na mesa do evento, ele estava
sentado à esquerda de Marta,
que tinha à sua direita o candidato a vice, Aldo Rebelo (PC do
B). Na pré-campanha, Paulinho
participou de pelo menos dois
eventos ao lado de Marta.
O deputado é investigado pela Polícia Federal e pelo Conselho de Ética da Câmara. Em depoimento à Câmara no dia 13, o
delegado da PF Rodrigo Levin
disse ter provas contra Paulinho que o incriminariam por
formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e crime contra
o sistema financeiro. O deputado nega todas as acusações.
Marta tem dito que não trabalha com hipótese de vitória
no primeiro turno. No discurso
de ontem, ela disse que participava de um momento "inédito". "É a primeira vez que um
candidato tem o apoio unido da
classe operária do país."
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