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Alckmin e Kassab criticam petista, que cita acidente do metrô para atacar tucano
DA REPORTAGEM LOCAL
EM SÃO PAULO
Os três principais candidatos
à Prefeitura de São Paulo intensificaram ontem o confronto.
Líder nas pesquisas, Marta Suplicy (PT) foi alvo de críticas do
prefeito Gilberto Kassab
(DEM) e de Geraldo Alckmin
(PSDB).
Mudando a estratégia inicial,
a petista passou a atacar Kassab
de forma dura no rádio e TV.
Em eventos, também disparou
contra Alckmin.
No rádio, música do programa petista falava que "hoje a
prefeitura tem mais de [R$] 4
bilhões parados nos bancos".
"Porque não aplica em obras?
Ninguém merece!", ao que outro jingle respondeu: "Que conversa desse prefeito, ele só faz
propaganda!"
A ofensiva contra Kassab começou anteontem, quando a
petista o acusou de se apropriar
de obras alheias. A estratégia de
polarizar com Kassab, nos programas de TV, tem como um
das explicações o fato de que
muitos petistas consideram o
prefeito um adversário mais
"desejável" em um eventual segundo turno.
"Ela não respondeu aos nossos desafios porque a nossa gestão é melhor. Ou porque ela
tem medo que eu lance o desafio de quem criou mais taxas. Aí
ela vai ganhar", disse Kassab.
Nos programas de hoje, ele tentará minimizar a relação de
Marta com o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
Com Alckmin, o bate-boca se
deu fora do programa eleitoral.
O tucano afirmou que o projeto da petista para expansão
da malha do metrô "não pára
em pé". Marta havia apresentado projeto para ampliar em 65
km a atual malha, só que a proposta difere do plano de expansão do governo paulista.
"Esse projeto, que é colocado
na televisão [no programa eleitoral] não pára em pé, não tem
o menor sentido", disse Alckmin, que governou São Paulo
de 2001 a 2006. À noite, Marta
retrucou: "O pouco que ele
construiu caiu", disse, em referência ao acidente com a linha
4 do metrô.
Em sua gestão na prefeitura
(2001-2004), Marta não investiu no metrô. Ela argumenta
que enfrentou um momento de
grande dificuldade financeira e
que, quando o dinheiro apareceu, não havia projeto para o
ponto em que ela queria investir. Alckmin rebateu: "Foi uma
opção equivocada porque usou
o dinheiro para fazer túnel que
acaba em um semáforo".
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