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Mobilidade pode explicar distorção
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Borá, em tupi-guarani, significa
o conteúdo, em especial o conteúdo das colméias. No município
criado há quase 40 anos e com o
menor número de habitantes no
Estado, poucos se arriscam a explicar o que acontece por dentro
das cifras do eleitorado.
Segundo a Secretaria de Informática do Tribunal Superior Eleitoral, estavam cadastrados 1.077
eleitores na cidade, 34% a mais do
que o número de habitantes.
Segundo o chefe do cartório de
Paraguaçu Paulista, Aldecir de Almeida, responsável pela revisão
eleitoral de Borá, menos de 500 títulos deverão ser confirmados no
município. Ele especula que o inchaço do eleitorado se deve à falência de uma usina de álcool na
cidade. Muitos moradores deixaram o município, mas mantiveram lá os seus títulos. A usina fechou faz mais de dez anos.
Durante a revisão do eleitorado,
muitos apresentaram o cartão do
centro de saúde como vínculo
com o município, nem endereço
tinham na cidade.
Na última eleição, o prefeito
Nelson Celestino Teixeira, então
filiado ao PSDB, foi eleito com 700
votos. Os brancos e nulos somaram 382, número próximo do total de títulos a serem confirmados
na cidade durante a revisão.
No levantamento feito pelo
TSE, São Paulo disputa com os
Estados de Minas Gerais e Rio
Grande do Sul o título de campeão em número de municípios
com graves distorções.
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