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ELEIÇÕES 2008 / COLIGAÇÕES
Dobradinha do PSDB com o PT só enfrenta resistência em BH
Se a Executiva do PT adotasse o mesmo critério das demais cidades, Aécio e Pimentel poderiam apoiar juntos nome do PSB
O argumento da direção do PT é que nos demais casos em que governo e oposição serão aliados pelo país o partido encabeçaria a chapa
DO PAINEL
EM SÃO PAULO
O dilema que envolve Belo
Horizonte, o quarto maior colégio eleitoral do país, onde a
dobradinha PT-PSDB não deverá ser oficializada apesar do
empenho do governador Aécio
Neves (PSDB) e do prefeito
Fernando Pimentel (PT), não
se repete país afora. Mais: nas
principais cidades do país, há
pelo menos 12 casos em que o
PT vai às urnas junto com tucanos, DEM ou PPS.
O mapa das coligações feito
pela Folha permanece em
aberto já que alguns casos são
passíveis de reviravolta até
amanhã, prazo final para que
os partidos realizem suas convenções municipais. PSDB e
PT realizam suas convenções
amanhã na capital mineira.
O levantamento mostra que,
se a Executiva Nacional do PT
adotasse o mesmo critério dos
demais municípios, tucanos e
petistas poderiam estar lado a
lado na chapa encabeçada por
Márcio Lacerda (PSB), ex-secretário de Aécio.
O argumento do PT é que,
nos 12 casos semelhantes ao da
capital mineira -cidades com
densidade eleitoral de mais de
200 mil habitantes-, o partido
encabeçaria a chapa. Pelas contas dos dois partidos, em números gerais, eles poderão estar juntos em até 200 dos mais
de 5.000 municípios -foram
120 em 2004.
As negociações para ter PT e
PSDB unidos em Belo Horizonte envolveram até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Mas, com vistas à eleição ao Palácio do Planalto em 2010, na
qual Aécio é um dos nomes cotados para concorrer pelo
PSDB, o PT vetou. Um dos
principais opositores à costura
foi o ministro Patrus Ananias
(Desenvolvimento Social).
"A leitura foi exagerada, de
que a aliança local tinha interpretação nacional por conta de
2010", disse o prefeito da capital mineira, Fernando Pimentel (PT), um dos principais atores da tentativa de aliança.
Pelo país
Em Sergipe, o governador
Marcelo Déda (PT) articulou
uma ampla aliança política em
Aracaju, com sete dos maiores
partidos no Estado, incluindo o
PSDB e o PPS. O candidato à
reeleição, Edvaldo Nogueira
(PC do B), era vice de Déda. Ele
enfrentará o grupo do senador
Almeida Lima (PMDB).
Fora das capitais, nas grandes cidades, há vários casos similares, como o de Juiz de Fora
(MG), de Pelotas (RS) e o de Carapicuíba (SP). Nesta última
capital, o PT estará com o
DEM, seu oposicionista mais
ferrenho no plano federal.
"A cidade avaliou como natural, porque o candidato é presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo e apoiou
Lula em 2006. As pessoas achariam estranho se ele não estivesse com a gente", diz Sérgio
Ribeiro, candidato do PT à prefeitura, que terá como vice o
democrata Salim Reis.
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