São Paulo, terça-feira, 29 de julho de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Ministro cogita força-tarefa para agir no Rio

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo colocou ontem à disposição das autoridades do Rio o uso do aparato policial federal, como oficiais da Força Nacional de Segurança e da Polícia Federal, caso seja necessário reforçar a segurança durante o processo eleitoral na cidade, principalmente após ações intimidatórias do crime organizado.
O ministro Tarso Genro (Justiça) falou até da possibilidade de uma "força-tarefa" para atuar nas áreas controladas pelas milícias e por traficantes. "Temos no Rio mais de 800 homens da Força Nacional que podem ser utilizados para dar respaldo às ações da polícia local", declarou.
Tarso, contudo, disse que as forças só seriam acionadas por determinação do governador do Rio ou pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Estado. O ministro e o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Carlos Ayres Britto, devem conversar amanhã com o presidente do TRE-RJ, Roberto Wider, sobre medidas de segurança nas eleições municipais.
"Já disse a ele que a PF está à disposição se for chamada pelo tribunal para prestar o serviço que for necessário para a tranqüilidade da ação política dos partidos", disse Tarso.
"É preocupante quando um segmento fora da lei projeta sua influência institucional tentando se representar na esfera de poder", afirmou Ayres Britto, que também falou sobre a possibilidade de uma força-tarefa.
Ainda de acordo com Tarso, a questão do Rio não está ligada à perda de controle do território, mas sim a uma questão "pontual de determinadas regiões e que está vinculada ao processo eleitoral". O ministro afirmou que, na cidade, a "insegurança já transgrediu para a questão eleitoral".
(LUCAS FERRAZ, FELIPE SELIGMAN E MARIA CLARA CABRAL)


Texto Anterior: Eleições 2008 / Rio de Janeiro: TRE lista áreas sob influência do crime
Próximo Texto: Candidatos se mostram céticos sobre presença da Força Nacional
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.