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Ministro cogita força-tarefa para agir no Rio
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo colocou ontem à disposição das autoridades do Rio o uso do
aparato policial federal,
como oficiais da Força Nacional de Segurança e da
Polícia Federal, caso seja
necessário reforçar a segurança durante o processo
eleitoral na cidade, principalmente após ações intimidatórias do crime organizado.
O ministro Tarso Genro
(Justiça) falou até da possibilidade de uma "força-tarefa" para atuar nas
áreas controladas pelas
milícias e por traficantes.
"Temos no Rio mais de
800 homens da Força Nacional que podem ser utilizados para dar respaldo às
ações da polícia local", declarou.
Tarso, contudo, disse
que as forças só seriam
acionadas por determinação do governador do Rio
ou pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Estado. O ministro e o presidente do TSE (Tribunal
Superior Eleitoral), ministro Carlos Ayres Britto,
devem conversar amanhã
com o presidente do TRE-RJ, Roberto Wider, sobre
medidas de segurança nas
eleições municipais.
"Já disse a ele que a PF
está à disposição se for
chamada pelo tribunal para prestar o serviço que for
necessário para a tranqüilidade da ação política dos
partidos", disse Tarso.
"É preocupante quando
um segmento fora da lei
projeta sua influência institucional tentando se representar na esfera de poder", afirmou Ayres Britto,
que também falou sobre a
possibilidade de uma força-tarefa.
Ainda de acordo com
Tarso, a questão do Rio
não está ligada à perda de
controle do território, mas
sim a uma questão "pontual de determinadas regiões e que está vinculada
ao processo eleitoral". O
ministro afirmou que, na
cidade, a "insegurança já
transgrediu para a questão
eleitoral".
(LUCAS FERRAZ, FELIPE SELIGMAN E MARIA CLARA CABRAL)
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