|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Câmara aprovou afastamento do presidente por 441 votos em 29 de setembro de 92
10 anos de impeachment
DA REPORTAGEM LOCAL
Há dez anos a Câmara dos Deputados
aprovava, por 441 votos contra 38, a abertura do processo de impeachment de Fernando Collor de Mello. Para fugir às punições, renunciou em 29 de dezembro,
mas mesmo assim o Senado o condenou
à inelegibilidade por oito anos, por crime
de responsabilidade. Ele recorreu ao Supremo Tribunal Federal, que manteve a
condenação em 16 de dezembro de 1993.
O presidente foi afastado porque uma
CPI revelou que ele fora beneficiado por
uma rede de corrupção comandada por
Paulo César Farias, seu ex-tesoureiro de
campanha. As denúncias partiram de Pedro Collor, irmão do então presidente.
O ex-presidente ainda responde a processos por improbidade administrativa,
mas até hoje não foi condenado. Em 12 de
dezembro de 1994, o STF o absolveu, por
falta de provas, da acusação de corrupção
passiva. Pedro Collor morreu de câncer
uma semana depois. O outro protagonista do caso, PC Farias, foi assassinado em
junho de 1996 ao lado de sua namorada.
Collor tentou disputar a Presidência
em 1998, mas foi impedido pelo STF. Fracassou outra vez ao tentar concorrer à
Prefeitura de São Paulo, em 2000. Recebeu 16.364 votos, todos anulados. Hoje
disputa o governo de Alagoas pelo PRTB.
Texto Anterior: Elio Gaspari: FFHH faz mais testamento Próximo Texto: Justiça não seguiu rumos de CPI Índice
|