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Para historiador, é "ridículo" culpar petista por crise
DA REDAÇÃO
O historiador brasilianista
Kenneth Maxwell acusou o
Fundo Monetário Internacional e o mercado financeiro em
Wall Street de desenvolver um
"realismo fantástico", em artigo publicado na edição de
quinta-feira do jornal britânico
"Financial Times".
Para Maxwell, essa é a única
explicação para a "demonização" de Lula, candidato do PT à
Presidência, e o "ridículo" "lulômetro", criado pela corretora
Goldman Sachs para associar a
subida de Lula nas pesquisas à
alta do dólar.
O artigo diz que o "favorito
de Wall Street" José Serra "foi
bem-sucedido ao eliminar dois
de seus rivais".
O historiador afirma que,
apesar do vermelho da estrela
do PT, alguém deveria alertar o
FMI e Wall Street para o fato de
que a Guerra Fria acabou.
"Eles deveriam rezar para
que Lula ganhe logo de cara.
Com o real em queda livre, a última coisa que o Brasil e o sistema financeiro precisam é de
uma campanha de terra arrasada até o 2º turno", diz.
O artigo responsabiliza a
orientação do FMI pela vulnerabilidade da economia brasileira e diz que o PT modernizou sua ideologia e se move para o centro. Culpar Lula pela
crise econômica, diz Maxwell,
seria "ridículo".
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