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Genoino usa a história para inspirar militante
EDUARDO SCOLESE
DA AGÊNCIA FOLHA
O PT vai se apegar ao retrospecto para, na reta final da corrida ao
Palácio dos Bandeirantes, tentar
colocar José Genoino no segundo
turno das eleições estaduais.
Para a cúpula paulista do partido, a memória da arrancada quase bem-sucedida de Marta Suplicy na última disputa pelo governo de São Paulo, em 1998, ainda está viva entre os militantes.
À época, a atual prefeita paulistana conquistou cerca de dez pontos percentuais na semana que
antecedeu o pleito e acabou perdendo no photochart para Mário
Covas (PSDB), que depois venceria Paulo Maluf (PPB) no segundo
turno. A diferença entre os dois
foi de apenas 74.436 votos (0,44%
dos votos válidos).
"O PT é um partido de chegada.
Temos uma militância que vai às
ruas e faz a diferença na decisão,
como ocorreu nas últimas eleições [em 1998". Temos força nas
principais cidades do Estado",
disse o presidente estadual do PT,
Paulo Frateschi.
De acordo com Frateschi, a expectativa petista é que Genoino
atinja o segundo turno com cerca
de 30% dos votos válidos. Segundo o último Datafolha, o candidato petista está na casa dos 22%.
Até domingo, dia do pleito, a linha petista permanecerá igual:
ataques aos oito anos de administração tucana e qualificação dos
confrontos históricos entre o PT e
o malufismo. "Se está dando certo, a linha não pode mudar. Neste
momento, é preciso agir com
tranquilidade", disse Frateschi.
A força financeira do PT estará
nas ruas. Com um custo de R$ 20
milhões (a mais cara do Estado), a
campanha petista distribuirá 200
mil bandeirinhas de plástico e 25
milhões de "colas" com os números dos candidatos da coligação.
Até quinta -quando encerra o
prazo de propaganda-, Genoino
concentrará sua campanha na região metropolitana de São Paulo.
Sexta e sábado, o candidato fará
as chamadas "caminhadas silenciosas" pelo centro de São Paulo,
distribuindo santinhos.
"Teremos uma agenda intensa,
associando mais ainda mais a minha presença com a da Marta [Suplicy, prefeita de São Paulo] e
principalmente do Lula [Luiz Inácio Lula da Silva, presidenciável
do partido], pois o PT é um partido de chegada", disse Genoino.
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