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Programa eleitoral vai "segurar" Maluf em SP
JOÃO CARLOS SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL
Preocupado com a eventual necessidade de fazer mudanças repentinas nos programas eleitorais
de rádio e de TV, o pepebista Paulo Maluf reservou a última semana da campanha para compromissos na Grande São Paulo e na
capital, onde fica sua produtora.
A estratégia tem uma lógica: a
equipe malufista considera que o
programa eleitoral, na última semana, tem mais audiência e chama a atenção do eleitor, principalmente do que está indeciso.
Assim, os malufistas, certos de
que disputarão o segundo turno,
resolveram se preparar para fazer
eventuais alterações no programa, como para responder a ataques surpresas de adversários.
Pepebistas e a produtora de Maluf não revelam o que vão levar ao
ar nos últimos programas. Só dizem que, se depender deles, não
haverá surpresas no rumo da
campanha. "Não tem o que inventar. A última semana é igual as
outras", disse Jesse Ribeiro, presidente regional do PPB.
Apesar da declaração de Ribeiro, Maluf deu a entender na semana passada que resolveu centrar
fogo no tema segurança e dedicar
seu tempo a carreatas na reta final
do primeiro turno.
Foi assim no final da semana
passada -na sexta-feira, ele fez
carreatas por cidades da Grande
São Paulo e, em entrevista, voltou
a criticar a construção de uma
unidade prisional na região central de São Bernardo do Campo.
Pelo lógica de Maluf, a cada minuto que ele fica em cima de uma
camionete acenando para moradores, ele atinge 50 pessoas.
O número é bem maior do que
ele calcula que atingiria se resolvesse andar por um calçadão, por
exemplo. "Você cumprimentando a pé, olha lá se pode falar com
duas pessoas por minuto", diz.
A cada carreata, Maluf costuma
dar uma avaliação do que achou.
É comum ele dizer que, de cada
dez eleitores para quem acenou,
três acenaram de volta. Os números servem de base para ele fazer
mais contas: nesse caso, ele diria
ter 30% dos votos da região em
que esteve. As medições feitas por
Maluf mostram um apego a pesquisas de intenção de voto, apesar
de ele e pepebistas afirmarem não
estar preocupados com levantamentos, nem com os que serão divulgados nesta última semana.
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