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Petistas não repetem aliados de Lula
em cidades importantes de São Paulo
DAS REGIONAIS
DA AGÊNCIA FOLHA
DA REDAÇÃO
Assim como ocorre na capital
paulista, o PT também não tem
formado alianças com outros partidos para a disputa eleitoral em
cidades importantes do interior e
do litoral de São Paulo. Exemplos:
Ribeirão Preto, Santos, Santo André e Ribeirão Pires. Em todas essas cidades -as duas últimas do
grande ABC, reduto petista- as
chapas não devem ter apoio de
grandes partidos aliados do governo federal.
Em Ribeirão, terra do ministro
Antonio Palocci Filho (Fazenda),
o PT não conseguiu fechar aliança
com nenhum dos grandes partidos que dão sustentação ao governo Lula, considerados prioritários pela legenda no início das
articulações.
Com o prefeito Gilberto Maggioni já definido como pré-candidato à reeleição, o PT já perdeu o
apoio do PMDB e do PL, que terão pré-candidatos próprios.
Na cidade, a esperança dos petistas está agora no apoio do PTB,
o que ainda não é certo. Foram fechados até agora apenas acordos
com PC do B e PCB, legendas menores que, tradicionalmente, dão
apoio aos petistas. Nas outras
grandes cidades da região de Ribeirão administradas por petistas,
o problema é semelhante: a sigla
está praticamente isolada em
Franca, Araraquara e São Carlos.
Na região do ABC, Santo André
e Ribeirão Pires devem ter chapas
petistas "puro sangue". Em Mauá,
até há o apoio de PMDB e PC do
B, mas, mesmo assim, os pré-candidatos a prefeito e vice devem vir
do próprio PT. São Caetano e Diadema ainda negociam com
PMDB, mas o acordo não está
certo. Apenas São Bernardo do
Campo e Rio Grande da Serra
conseguiram fechar acordo com
PMDB e PL, respectivamente.
Santos, no litoral paulista, enfrenta a mesma situação. O PT terá o apoio do PC do B, mas enfrenta dificuldades para atrair
PDT, PSB e PL, todos, em princípio, com pré-candidatos. O
PMDB, outro aliado no plano federal, também deve lançar candidatura própria na cidade.
Em Campinas pode ocorrer
uma exceção, pois o PT busca a
composição de uma aliança mista
que pode passar pela definição de
um vice de outro partido. Oficialmente, apesar de fechado acordo
apenas com o PC do B, há negociações com o PPS, o PV e o PSB.
A movimentação, no entanto,
não é consenso dentro do PT, que
está rachado. O grupo ligado ao
prefeito morto Antonio da Costa
Santos -assassinado em 2001-,
que disputou as prévias e obteve
40% dos votos, não concorda com
a busca por alianças e defende a
indicação de um candidato a vice
do próprio partido.
(JOSÉ BENEDITO DA SILVA, FAUSTO SIQUEIRA, RICARDO
BRANDT E VIRGILIO ABRANCHES)
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