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CONVENÇÃO PT
Dirigente do PL não faz concessões e
exige que petistas cumpram acordo
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente nacional do PL,
Valdemar da Costa Neto, declarou ontem que seu partido não
abre mão de coligar-se com o PT
em Estados em que a aliança enfrenta resistência por parte do
partido de Luiz Inácio Lula da Silva. Irredutível, Costa Neto disse
que não há margem para um
acordo que solucione o impasse,
como chegou a ser sugerido anteontem por lideranças petistas.
"O acordo está feito e acordo é
acordo. Não tem volta. O PT assumiu um compromisso conosco e
precisa honrá-lo", disse. Anteontem, em reunião do diretório nacional petista, o partido rachou ao
votar determinação para que três
Estados rebeldes (Alagoas, Santa
Catarina e Rio Grande do Norte)
fizessem coligações com o PL.
Os liberais querem a coligação
porque precisam apoiar-se em
um partido forte e assim conseguir coeficiente mínimo para eleger deputados federais e estaduais. Mas os petistas resistem,
em nome de diferenças ideológicas entre os dois partidos.
Após perder a apertada votação
-34 votos pela imposição da coligação e 30 contra- a senadora
Heloisa Helena, pré-candidato ao
governo alagoano, abandonou a
reunião dizendo que não disputaria a eleição nessas condições, para não ter de se aliar a "colloridos"
e "usineiros" em seu Estado.
Caso os diretórios estaduais não
aprovem a coligação hoje, poderão sofrer intervenção. Segundo
Costa Neto, se for preciso intervir,
que se faça: "O PL já deu sua cota
de sacrifício ao correr o risco de
perder deputados em nome do
projeto de eleger Lula presidente.
O PT tem de dar a sua cota", declarou o deputado.
Ele se reuniria ontem com o
presidente nacional petista, José
Dirceu, mas descartava um acordo para o impasse no PT.
Caso Helena e outros candidatos saiam da disputa, o PT poderá
indicar outros nomes para as eleições nos três Estados rebelados
ou simplesmente não lançar chapa majoritária, concorrendo apenas com lista de deputados.
"No caso de Alagoas, nossa
aliança era com o PSB, do governador Ronaldo Lessa. Mas abrimos mão e agora precisamos de
outro parceiro forte, o PT. Não
podemos recuar", declarou Valdemar Costa Neto.
Início da convenção
Ontem ocorreu troca de socos
no início da convenção do PT.
Quando o senador José Alencar
(PL-MG) foi chamado para discursar, alguns militantes do PT,
que usavam um nariz de palhaço,
começaram a gritar: "Lula sim,
Alencar não".
Um segurança do partido deu
um soco em um dos adolescentes
que protestavam, que caiu. Em seguida, outros seguranças estenderam bandeiras no local, para impedir que o conflito fosse filmado.
O militante agredido não quis dar
declarações à imprensa.
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