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MENSALÃO
Após três anos, Câmara investiga contrato com agência de Valério
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Três anos e três meses
após a Folha revelar o escândalo do mensalão, a Câmara
dos Deputados reabriu a investigação sobre o contrato
firmado com a SMPB, agência de publicidade do principal operador do esquema,
Marcos Valério de Souza.
No último dia 12 de agosto,
uma portaria da diretoria-geral da Câmara constituiu
uma comissão de sindicância, formada por três servidores da Casa, para, em 30
dias, apontar responsabilidades internas sobre a execução e possíveis falhas na
fiscalização do contrato.
O contrato foi firmado em
2003 pelo então presidente
João Paulo Cunha (PT-SP),
primeiro no valor de R$ 9
milhões e, posteriormente,
com aditamento de mais R$
1,7 milhão. Destinava-se a
promover a imagem da instituição, assessoria de imprensa e ações de divulgação.
Quando o escândalo do mensalão veio à tona, surgiram
suspeitas sobre o contrato.
Em 2006, uma comissão
de sindicância da Câmara foi
formada para apurar responsabilidades internas sobre o
caso, mas ela se restringiu a
avaliar o processo de contratação da SMPB.
A investigação sobre fiscalização e execução ficou pendente, e a comissão parou de
funcionar. Apesar de tardiamente, a comissão foi refeita
agora.
O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha foi procurado pela reportagem,
mas não se manifestou até a
conclusão desta edição.
(FZ)
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