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ELEIÇÕES 2008 / PELO PAÍS
Campanha eleitoral no Rio terá "mutirão de segurança"
Governo, TSE e TRE rejeitam convocação de Força Nacional
FELIPE SELIGMAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O TSE (Tribunal Superior
Eleitoral), o TRE-RJ (Tribunal
Regional Eleitoral do Rio) e o
Ministério da Justiça descartaram ontem a convocação imediata da Força Nacional e das
Forças Armadas para reforçar a
segurança nas eleições do Rio.
Em Brasília, os representantes dos órgãos oficializaram
apenas a criação de um "mutirão de segurança", formado por
polícia do Rio, Polícia Federal e
Polícia Rodoviária Federal.
Segundo o presidente do
TSE, ministro Carlos Ayres
Britto, a idéia é repetir a fórmula nos demais Estados para
"proteger a licitude e a liberdade do processo eleitoral".
O ministro Tarso Genro afirmou que "a PF está totalmente
à disposição". Ele avaliou que
ainda não é o momento de convocar a Força Nacional.
"A nossa constatação é que,
num primeiro momento, a Força Nacional de Segurança não
precisa ser solicitada. Até porque estamos num momento de
programação de trabalho", disse. Uma nova reunião acontecerá no dia 11 de agosto para redefinir a "programação".
"Isso é uma pronta resposta,
com efeito pedagógico. Que outras forças fora da lei, ou milicianas ou constitutivas de narcotráfico, em qualquer lugar do
país, fiquem na certeza de que,
juntos, a partir da Justiça Eleitoral, passando pela Polícia Federal, pela polícia dos Estados
e, se necessário, pela requisição
das Forças Armadas, tudo isso
será implantado no país em
prol da democracia representativa", afirmou Ayres Britto.
Britto disse ainda que qualquer ameaça à liberdade do
eleitor é "bravata para impressionar comunidades carentes".
"É preciso que essas comunidades se sintam livres e compreendam que a urna eletrônica é segura. Não há como saber
quem votou em quem."
Anteontem, a Superintendência Regional da PF no Rio já
havia adiantado que a corporação receberá reforços na semana que vem para atuar no combate a crime eleitorais. A PF investiga integrantes do tráfico e
de milícias que estariam constrangendo eleitores no Rio. No
último final de semana, jornalistas sofreram ameaça na Vila
Cruzeiro quando cobriam a
campanha do candidato prefeito Marcelo Crivella (PRB).
Também ontem Tarso negou
que haja excessos no uso de
grampos. Admitiu, no entanto,
que existem "alguns erros" no
uso dessa ferramenta. Na Operação Satiagraha, da PF, o governo ficou incomodado com o
vazamento de conversas de Gilberto Carvalho, chefe-de-gabinete do presidente Lula.
Colaborou ANDRÉA MICHAEL ,
da Sucursal de Brasília
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