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Governo federal destinará R$ 40 milhões para apoiar start-ups
O programa Start-Up Brasil, lançado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação no fim de novembro, é uma tentativa brasileira de reproduzir modelos internacionais de sucesso de apoio a empresas iniciantes de base tecnológica.
A intenção é liberar R$ 40 milhões em três anos para apoiar 150 start-ups. Inicialmente, serão escolhidas até seis aceleradoras de negócios para cuidar das empresas.
Veja trechos da entrevista à Folha de Felipe Matos, diretor de operações do programa federal.
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Folha - Por que demorou tanto para o Brasil ter um programa para start-ups?
Felipe Matos - Algumas coisas são difíceis de ter no governo, [por exemplo] o contato maior com a iniciativa privada. O programa brasileiro foi feliz em fazer parcerias. Foram ouvidas empresas, aceleradoras e start-ups durante sua elaboração.
O prazo para inscrição das aceleradoras que serão selecionados é 31 de janeiro. Não é muito curto?
O programa vem sendo anunciado desde setembro. O prazo é adequado.
O ministério quer selecionar aceleradoras em várias regiões do país. Serão observados critérios como equipe e estrutura, entre outros. Existem aceleradoras que cumprem todos os requisitos?
Existem diferentes levantamentos sobre o número de aceleradoras no país e o número mais aceito é o de pouco mais de 30. Ainda baixo. O edital fala em até seis escolhidas. Vamos sentir a qualidade das propostas e a presença geográfica para tentar dar uma cobertura nacional, mas é provável que haja concentração no Sudeste.
O programa prevê que poderão ser selecionadas start-ups estrangeiras. Quais os critérios que as empresas do exterior deverão obedecer?
Até 25% das start-ups selecionadas poderão ser estrangeiras. A condição é que elas se instalem no Brasil. Regras mais detalhadas serão divulgadas em março. Mas já está definido que trazer cérebros para o país e fazer uma intermediação com empreendedores estrangeiros estão entre os principais objetivos.