São Paulo, domingo, 07 de fevereiro de 2010

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São Paulo terá o maior prejuízo absoluto

Fábio Braga - 08.dez.09/Folha Imagem
Rua no Ceagesp, centro de abastecimento de São Paulo, alagada pelos temporais deste verão

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Embora São Paulo tenha escapado das projeções climáticas mais pessimistas, o Estado terá os maiores prejuízos absolutos, acreditam os pesquisadores. No pior cenário, os danos chegam a R$ 1,2 trilhão - mais de um terço da queda de PIB projetada para o país todo. Ainda que as emissões diminuam, os danos potenciais são de, pelo menos, R$ 230 bilhões, ou seja, 25% do PIB nacional em 2008.
"Apesar de uma pequena perda na agropecuária, São Paulo enfrentará principalmente a queda na demanda das áreas mais afetadas. O Estado tem uma economia que depende muito dos fluxos do mercado interno", afirma Eduardo Haddad, da USP.

Ganhos no Sul
Já a região Sul, ao contrário do resto do país, pode sair economicamente beneficiada. As temperaturas mais elevadas e a diminuição das geadas favorecerão a agricultura. Em um cenário com menos gases-estufa, os Estados da região podem chegar a ganhar R$ 563 bilhões. Na pior das hipóteses, as perdas provocadas pelo aquecimento global representam um comprometimento de menos de quatro dias de crescimento.
Segundo Carolina Dubeux, que coordena o estudo, o relatório completo mapeará os impactos das mudanças climáticas de maneira ainda mais detalhada. "O estudo estará disponível em linguagem acessível justamente para que todos possam compreender. Nosso objetivo é que as mudanças sejam debatidas amplamente", diz.


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