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São Paulo terá o maior prejuízo absoluto
Fábio Braga - 08.dez.09/Folha Imagem
![](../images/d0702201001.jpg) |
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Rua no Ceagesp, centro de abastecimento de São Paulo, alagada pelos temporais deste verão
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Embora São Paulo tenha escapado das projeções climáticas mais pessimistas, o Estado
terá os maiores prejuízos absolutos, acreditam os pesquisadores. No pior cenário, os danos
chegam a R$ 1,2 trilhão - mais
de um terço da queda de PIB
projetada para o país todo. Ainda que as emissões diminuam,
os danos potenciais são de, pelo
menos, R$ 230 bilhões, ou seja,
25% do PIB nacional em 2008.
"Apesar de uma pequena
perda na agropecuária, São
Paulo enfrentará principalmente a queda na demanda das
áreas mais afetadas. O Estado
tem uma economia que depende muito dos fluxos do mercado interno", afirma Eduardo
Haddad, da USP.
Ganhos no Sul
Já a região Sul, ao contrário
do resto do país, pode sair economicamente beneficiada. As
temperaturas mais elevadas e a
diminuição das geadas favorecerão a agricultura. Em um cenário com menos gases-estufa,
os Estados da região podem
chegar a ganhar R$ 563 bilhões.
Na pior das hipóteses, as perdas
provocadas pelo aquecimento
global representam um comprometimento de menos de
quatro dias de crescimento.
Segundo Carolina Dubeux,
que coordena o estudo, o relatório completo mapeará os impactos das mudanças climáticas de maneira ainda mais detalhada. "O estudo estará disponível em linguagem acessível
justamente para que todos possam compreender. Nosso objetivo é que as mudanças sejam
debatidas amplamente", diz.
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