São Paulo, sábado, 09 de agosto de 2008

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Grupo usa técnica para estudar biologia da dor em roedores

Clínica Cleveland
Raio-X mostra eletrodo implantado em cérebro de paciente

DA REPORTAGEM LOCAL

O uso de eletrodos também está ajudando cientistas do Hospital Sírio Libanês a estudar a biologia da dor. O estímulo de uma região específica do córtex motor, área cerebral que comanda os movimentos do corpo, alterou a tolerância de cobaias à sensação dolorosa. "Até em animais normais, o estímulo elétrico sobre a área teve um efeito analgésico", afirma o médico Erich Fonnof.
Segundo sua colega Cecília Dale, a tolerância do rato à dor-medida pela pressão exercida sobre uma das patas dos animais- chega a aumentar 70% com os eletrodos. A técnica já é usada em humanos para casos extremos de dor crônica, mas o mecanismo biológico do tratamento é mal conhecido.
"No caso do nosso estudo, seria possível extrapolar esses resultados para as conseqüências de uma hérnia de disco que pressione o nervo ciático", diz Dale, que participa do projeto de pesquisa desde o início.
O estudo nasceu no Instituto Butantan, contou com a parceria do Hospital das Clínicas e migrou para o Sírio Libanês.
"Quando a técnica estiver dominada, também será possível tentar controlar as dores dos chamados membros fantasmas", diz a bióloga, em referência a amputados que sentem dor em braços inexistentes.
Em alguns casos de dor crônica, o estímulo elétrico traz mais benefícios que os fármacos receitados, porque evita certos efeitos colaterais. (EG)


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