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Grupo usa técnica para estudar biologia da dor em roedores
Clínica Cleveland
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Raio-X mostra eletrodo implantado em cérebro de paciente
DA REPORTAGEM LOCAL
O uso de eletrodos também
está ajudando cientistas do
Hospital Sírio Libanês a estudar a biologia da dor. O estímulo de uma região específica do
córtex motor, área cerebral que
comanda os movimentos do
corpo, alterou a tolerância de
cobaias à sensação dolorosa.
"Até em animais normais, o estímulo elétrico sobre a área teve um efeito analgésico", afirma o médico Erich Fonnof.
Segundo sua colega Cecília
Dale, a tolerância do rato à
dor-medida pela pressão exercida sobre uma das patas dos
animais- chega a aumentar
70% com os eletrodos. A técnica já é usada em humanos para
casos extremos de dor crônica,
mas o mecanismo biológico do
tratamento é mal conhecido.
"No caso do nosso estudo, seria possível extrapolar esses resultados para as conseqüências
de uma hérnia de disco que
pressione o nervo ciático", diz
Dale, que participa do projeto
de pesquisa desde o início.
O estudo nasceu no Instituto
Butantan, contou com a parceria do Hospital das Clínicas e
migrou para o Sírio Libanês.
"Quando a técnica estiver dominada, também será possível
tentar controlar as dores dos
chamados membros fantasmas", diz a bióloga, em referência a amputados que sentem
dor em braços inexistentes.
Em alguns casos de dor crônica, o estímulo elétrico traz
mais benefícios que os fármacos receitados, porque evita
certos efeitos colaterais.
(EG)
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