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Famílias das
vítimas pedem
indenização
DA REPORTAGEM LOCAL
Em 22 de agosto de 2003,
exatamente um ano atrás,
acontecia o mais grave acidente espacial brasileiro.
Era uma sexta-feira. Os
técnicos preparavam o VLS-1 para seu terceiro lançamento, marcado para dali a
três dias. O clima era de otimismo. O foguete ainda estava envolvido pela Torre
Móvel de Integração, prédio
usado para montar e ajustar
o veículo, e muitos funcionários ainda trabalhavam nele
quando, sem aviso, às 13h26,
um dos motores do primeiro estágio disparou.
Com o foguete fisicamente
preso à mesa de lançamento,
o edifício rapidamente tombou. O fogo consumiu todo
o combustível dos quatro estágios e matou os 21 servidores que trabalhavam no foguete. Embora pertencessem ao IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), órgão
vinculado ao CTA (Centro
Técnico Aeroespacial), da
Força Aérea, eles eram civis.
Como uma forma de homenagear as vítimas do acidente, a Aeronáutica promove hoje um ato religioso
em São José dos Campos.
Mas os familiares das vítimas não estão satisfeitos.
Anteontem, na sede do
SindCT (Sindicato dos Servidores Públicos Federais na
Área de Ciência e Tecnologia), a Associação dos Familiares das Vítimas do Acidente do VLS anunciou que
irá processar a União, para
obter indenizações por danos morais e materiais.
Eles também enviaram
uma carta à Procuradoria
Geral da República pedindo
que se aponte os culpados
pelo acidente. Em duas cartas separadas, cobraram do
Comando da Aeronáutica e
do Ministério da Defesa
ações para que o programa
espacial volte aos eixos.
(SN)
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