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Base sofreu poucas modificações
DA REPORTAGEM LOCAL
Não bastassem os problemas
com o processo de revisão do projeto do foguete de sondagem
VSB-30 que tem lançamento
marcado para daqui a um mês, o
Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, também não
sofreu melhorias significativas
desde o acidente com o VLS-1.
Segundo um engenheiro do IAE
(Instituto de Aeronáutica e Espaço) que esteve recentemente na
base, nos preparativos para o lançamento, os problemas que afetavam a instalação antes da tragédia
de agosto passado permanecem.
"Para não dizer que não melhoraram nada, o refeitório melhorou", ironizou o servidor do IAE.
Antes do incêndio, a base de Alcântara sofria problemas com fornecimento de eletricidade. Quedas de energia, inclusive em momentos críticos da operação com
o VLS-1, eram comuns. O sistema
de cabos que conectava a plataforma a outros pontos da instalação
também tinha problemas e precisava de reparo e manutenção, segundo apurou a comissão que investigou o acidente.
A situação era tão grave que,
dias antes do incêndio, técnicos e
engenheiros chegavam a levar
choques elétricos ao encostar no
corpo do foguete. E foi uma corrente elétrica de origem desconhecida que acionou intempestivamente um dos motores do foguete, iniciando a tragédia.
Segundo quem esteve em Alcântara, nem os destroços da Torre Móvel de Integração -edifício
usado para preparar o VLS para
vôo- foram retirados do local.
Quarto protótipo
Apesar de todas as dificuldades,
diversas autoridades têm reafirmado a meta de lançar o quarto
protótipo do VLS-1 em 2006, conforme prometido pelo presidente
Luiz Inácio Lula da Silva dias depois do acidente. O plano foi reforçado pelo ministro da Defesa,
José Viegas, quando da apresentação do relatório da comissão de
investigação, em março, e por
Sérgio Gaudenzi, que em julho assumiu a presidência da AEB
(Agência Espacial Brasileira).
Em discurso recente aos funcionários do CTA (Centro Técnico
Aeroespacial), instituição-mãe do
IAE, seu diretor, o major-brigadeiro Adenir Siqueira Viana, afirmou que 50% do quarto protótipo estava pronto.
Os envolvidos no dia-a-dia dos
trabalhos consideram a meta de
lançar o VLS em 2006 inatingível,
caso decida-se por seguir todas as
recomendações feitas após a investigação do acidente.
(SN)
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