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Crítica Os 30 minutos prometidos por Jamie Oliver viraram 75 JOSIMAR MELOCRÍTICO DA FOLHA Os best-sellers de Jamie Oliver e Claude Troisgros guardam semelhanças. São chefs-celebridades propondo-se a transferir suas proezas para o ambiente doméstico (mas de quem tem certo traquejo na cozinha). Há também diferenças. Troisgros tem receitas mais sonoras e sofisticadas; Oliver traz pratos simples, em que não faltam congelados, caldos em cubinhos, conservas. Troisgros não promete mudar sua vida. Supõe que você já é um pouquinho da área. Manda usar bouquet garni (trouxinha de ervas) sem explicar o que é. Mas tem clareza nas receitas, e não só de clássicos. Seu boeuf bourguignon é com cupim (que não existe na França), cachaça, chocolate e panela de pressão. Versão que, comprovei na prática, dá bem certo. Já Oliver tem um mix de receitas anárquico, como na TV. Há boas sugestões, e o desafio é fazer menus completos em 30 minutos. As receitas são apresentadas passo a passo, com instruções para fazer os pratos simultaneamente. Mas se você for lento em alguma operação (por exemplo, desfolhar e picar o hortelã), atrasará o próximo passo. Para cumprir os 30 minutos, só se decorar tudo (para não ficar lendo) e ter a velocidade de um "guitar hero" -enfim, ser o Jamie da TV. Fiz seu menu de cordeiro assado com vegetais, dois molhos e fondue de chocolate e confirmei a impressão inicial. Os 30 minutos viraram 75. Mas comi bem. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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