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Fernando Moraes/Folha Imagem
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FARO A convite da Folha, os arquitetos Ana Maria Vieira Santos e Léo Shehtman examinam peças de demolição; ela gostou dos dormentes (no alto); ele faria esculturas com os tubos acima
Conservadores ou ousados, decoradores revivem peças vindas de escombros
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Pouco importa se o estilo é arrojado ou conservador. Quando o assunto é material de demolição, decoradores de todas as escolas vasculham as cinzas dos depósitos para ressuscitar
peças. E os especialistas fazem coro: mais importante que saber garimpar é ter bom gosto para adaptar os itens sem quebrar a harmonia.
Para testar a hipótese de que há espaço para
esse material em vários estilos de decoração, a
Folha convidou os arquitetos Ana Maria Vieira
Santos e Léo Shehtman, 45, para percorrer alguns depósitos paulistanos. Ambos se definem
como contemporâneos, embora a primeira seja
dona de um estilo mais sóbrio, e o segundo tenha na ousadia seu traço mais marcante.
"Fugir do convencional e assumir a diferença
é o ponto de partida", afirma Vieira Santos, e
Shehtman concorda. Outros consensos: é importante valorizar a peça, mostrando seus "defeitos" e sua procedência; os objetos devem ser
sempre usados como detalhe, e não é de bom-tom que sejam maioria no ambiente. Por fim, eles recomendam mudar completamente o significado e a utilidade da peça. (ISABELA LEAL)
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